Ilustração "Maracatu Rural", da série "Manifestações da Cultura Brasileira. 
 Copyright Lu Paternostro. Proibida cópia, uso ou reprodução desta imagem sem a autorização da artista.
Ilustração “Maracatu Rural”, da série “Manifestações da Cultura Brasileira.
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“O Caboclo de Surrão
Que sabe bem o que quer na cama
Deixa a mulher para
Ele dormir no chão
Para não manchar a nação,
Três dias de carnaval Capricha no ritual, no cravo
Bota um mistério, que não tem nada mais sério
Que o Maracatu Rural”

Mestre Barachinha.
A poesia e a rima o tornaram
um grande mestre do Maracatu.

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Maracatu

Ritmo tradicional nordestino de origem afro-brasileira é um cortejo carnavalesco típico do Estado do Pernambuco que acontece na época do Carnaval.

Nasceu dos trabalhadores rurais, das fazendas de cana de açúcar, na época do Brasil Império, no interior de Pernambuco.

O Maracatu é uma mistura de teatro, música e dança. Divide-se em dois tipos bem distintos: o Maracatu Rural ou Maracatu de Baque Solto e o Maracatu Nação ou Maracatu de Baque Virado.

O caboclo de lança é o guerreiro de Ogum. Formado por trabalhadores rurais, portam lanças de madeira adornadas com fitas coloridas e na cabeça portam ricos e exuberantes capacetes. Usam mantos também muito coloridos que representam a armadura na encenação da batalha. Alguns usam grandes óculos e uma flor branca na boca, sendo o cravo a mais tradicional.

Tanto o Maracatu Rural como o Maracatu Nação encontram-se em processo de Registro como patrimônio imaterial brasileiro pelo IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.

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Ritmo tradicional nordestino de origem afro-brasileira é um cortejo carnavalesco típico do Estado do Pernambuco que acontece na época do Carnaval. Cada grupo tem os seus personagens e formas de apresentar como viviam os homens na época do Brasil Império.

Nasceu dos trabalhadores rurais, das fazendas de cana de açúcar, na época do Brasil Império, no interior de Pernambuco. Em sua origem foi criado para camuflar a história e cultos africanos, pois estes eram proibidos pelo rei e a igreja católica. No começo do século XIX veio para Recife e hoje é um dos grandes momentos do Carnaval, principalmente na cidade de Nazaré da Mata, município localizado há 70 km de Recife, considerada a Cidade dos Maracatus.

O Maracatu é uma mistura de teatro, música e dança. Divide-se em dois tipos bem distintos: o Maracatu Rural ou Maracatu de Baque Solto e o Maracatu Nação ou Maracatu de Baque Virado.

O Maracatu Nação ou de Baque Virado participam de 30 a 50 brincantes.

Desde sua origem, tinha como tema central a coroação dos reis africanos, uma forma e perpetuar a historia de seus ancestrais negros para a geração que nasceu no Brasil.

Dentre os participantes encontramos o rei e a rainha, acompanhados de uma corte composta por damas de honra, príncipe e princesa, duque e duquesa, barão e baronesas, embaixador, porta estandarte. No estandarte encontra-se o nome da agremiação que representam ou a imagem de algum animal. Ainda vemos a dama de corte, o vassalo que carrega o pátio ou guarda-sol, as damas ou damas de passo, também chamadas de Yabás ou baianas que carregam a Calunga, uma boneca negra que representa as rainhas antepassadas da corte.



Inserindo a tradição brasileira, em alguns cortejos, entra o caboclo de pena, sendo a representação dos índios guerreiros. Acompanham o cortejo os batuqueiros. No Maracatu de Baque Virado a orquestra é composta de instrumentos de percussão como gonguê, ganzar, xequerê, maracá, as caixas e alfaias, estas para a marcação grave dos ritmos. As musicas cantadas são as toadas e quem as canta é o tirador de loas ou versos, que apita no início e no final de cada estrofe.

Além de ser um folguedo, o Maracatu preserva sua origem religiosa; é parte do cortejo fazer a dança das calungas na frente das igrejas como forma de prestar homenagem à Nossa Senhora do Rosário e São Benedito, divindades negras católicas. Porém se entram em algum terreiro, os homenageados são os orixás o que denota o caráter sincrético desta tradição.

O Maracatu de Baque Solto é criado posteriormente ao de baque virado. Surge na zona da mata pernambucana, nos séculos XIX e XX. Foi criado por agricultores das canas e sofreu influência e mescla de muitos outros folguedos do estado do Pernambuco como bumba-meu-boi, folia de reis, cavalo marinho, etc.

Seus personagens são o rei e a rainha, a porta bandeira ou baliza, o Mateus, a Catirina, o burro, o caçador, as porta-buquês, as baianas, a boneca Aurora, os caboclos de pena e seus machados. Carregam na cabeça um grande cocar de penas. Há também o vassalo ou o “menino da sombrinha” e o personagem principal, o caboclo de lança.

O caboclo de lança é o guerreiro de Ogum. Formado por trabalhadores rurais, portam lanças de madeira adornadas com fitas coloridas e na cabeça portam ricos e exuberantes capacetes. Usam mantos também muito coloridos que representam a armadura na encenação da batalha. Alguns usam grandes óculos e uma flor branca na boca, sendo o cravo a mais tradicional.


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No Maracatu de Baque Solto não há cortejo e quem comanda os movimentos é o apito do mestre, também responsável pelas cantorias das toadas. Ele acontece em dois círculos concêntricos. No circulo de fora os caboclos de lança correm e fazem algazarras encenando a batalha, golpeando com suas lanças de dois metros de altura. Carregam chocalhos nas costas que marcam o ritmo do Maracatu Rural. No circulo menor vemos dançando as damas de buquê, baianas, caboclo de pena, boneca e estandarte.  

Seu conjunto de instrumentos é maior do que o Maracatu de Baque Virado, sendo conhecido como Maracatu Orquestra. Nele encontramos o tarol ou a caixa, a porca ou cuíca, a zabumba, o surdo, o ganzá, chocalho e metais como clarinetes, saxofone, trombone e pistom. No coro ouvimos vozes femininas e seu ritmo é bem mais rápido que o Maracatu de Baque Virado.



Tanto o Maracatu Rural como o Maracatu Nação encontram-se em processo de Registro como patrimônio imaterial brasileiro pelo IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.

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Por Lu Paternostro
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