Ilustração "Jongo", da série "Manifestações da Cultura Brasileira. 
 Copyright Lu Paternostro. Proibida cópia, uso ou reprodução desta imagem sem a autorização da artista.
Ilustração “Jongo”, da série “Manifestações da Cultura Brasileira.
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Quando a noite descia,
ao som da Ave-Maria,
um som de tambor se ouvia.
Dentro de uma senzala, 
em um caminho pra Minas,
vozes de jongueiros se ouviam.

Na Fazenda da Bem Posta, em pleno Estado do Rio,
um jongueiro sentindo falta do caxambu,
tocava o candongueiro, após o angú.

Cantarolava a saracura,
levou o lenço da moça 
que ficou chorando, 
que pecado que ela leva quando morrer….

Saracura
Jongo de Serrinha

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Jongo

O jongo tem diversos nomes: tambu, batuque, tambor, caxambu. É cantado e tocado de diversas formas, dependendo do local que é praticado, e é considerado um dos ritmos precursores do samba.

O jongo é uma forma de reverência e louvação aos antepassados, lembrando profundamente de suas raízes negras; tem seus saberes, ritos e crenças nos povos africanos. São várias as maneiras de dançar o jongo. Os dançarinos dançam e cantam numa roda. Um deles faz o solo e os outros respondem cantando.

O registro do “Jongo do Sudeste” como patrimônio imaterial do Brasil pelo IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, em dezembro de 2005, na categoria “Formas de Expressão”, é o reconhecimento da importância desta expressão para a formação da multifacetada identidade cultural brasileira.

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O jongo tem diversos nomes: tambu, batuque, tambor, caxambu. É cantado e tocado de diversas formas, dependendo do local que é praticado, e é considerado um dos ritmos precursores do samba.

Foi trazido para o Brasil pelos escravos angolanos. É uma expressão rítmica da mesma família do tambor de crioula, do samba de roda e do coco. Integra a percussão de tambores, as danças coletivas e disposição em roda dos dançarinos, o bater das palmas, a umbigada, elementos comuns a estas danças. 


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É praticado nos quintais das casas de periferias urbanas e de comunidades rurais do sudeste brasileiro.

O jongo é uma forma de reverência e louvação aos antepassados, lembrando profundamente de suas raízes negras; tem seus saberes, ritos e crenças nos povos africanos e exaltam estas historias em suas canções.

Os jongos não são liturgias, mas estão associados ao catolicismo afro brasileiro, em especial ao culto de São Benedito e Nossa Senhora do Rosário. 

Para os jongueiros os tambores são sagrados, pois fazem a conexão com as entidades do mundo espiritual. Seus guardiões são os líderes das próprias comunidades jongueiras. Os instrumentos musicais podem ser diferentes de um grupo para outro, mas o mais comum é terem dois ou três tambores. Podemos encontrar em algumas comunidades o chamado tambor de fricção, um tipo de cuíca em formato maior.



São várias as maneiras de dançar o jongo. Os dançarinos dançam e cantam numa roda. Um deles faz o solo e os outros respondem cantando. Sozinhos ou em pares os dançarinos vão até o centro da roda e dançam até serem substituídos por outro par. Os praticantes dançam como sabem dançar; uns dançam pulando, arrastando os pés, dançam devagar, outros mais rápidos e soltos. O chamado “ponto” é um dos elementos mais marcantes do jongo, onde a palavra cantada assume características únicas.

O registro do “Jongo do Sudeste” como patrimônio imaterial do Brasil pelo IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, em dezembro de 2005, na categoria “Formas de Expressão”, é o reconhecimento da importância desta expressão para a formação da multifacetada identidade cultural brasileira.

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Por Lu Paternostro
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