Ilustração "Marabaixo", da série "Manifestações da Cultura Brasileira. 
 Copyright Lu Paternostro. Proibida cópia, uso ou reprodução desta imagem sem a autorização da artista.
Ilustração “Marabaixo”, da série “Manifestações da Cultura Brasileira.
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Aonde tu vais rapaz?
Neste caminho sozinho
Eu vou fazer minha morada
Lá nos campos do laguinho

As ruas do Macapá
Estão ficando um primor
Tem hospitais, tem escolas
Pros fíos do trabalhadô
Mas as casas que são feitas
É só prá morar os doutô
Dia primeiro de junho…

Marabaixo
Luiz Gonzaga
Música e poesia

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O ciclo do Marabaixo é a maior manifestação cultural do estado do Amapá. É um ritual de origem africana, que compõe algumas festas católicas populares em comunidades negras da área metropolitana da cidade de Macapá, capital do estado.

A dança e o canto do Marabaixo constituem o lado profano da Festa do Divino e acontecem integradas a esta comemoração.

O Marabaixo acontece no ritmo de tambores ou das caixas, instrumentos de percussão construídos com madeira e pele de animais. As mulheres dançam de forma vigorosa, com suas saias de cores vivas, no ritmo forte e intenso dos batuques. Durante o ritual são servidas bebidas, sendo a mais típica a gengibirra.

No dia 16 de junho comemora-se o dia estadual do Marabaixo no Amapá.

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O ciclo do Marabaixo é a maior manifestação cultural do Estado do Amapá. É um ritual de origem africana, que compõe algumas festas católicas populares em comunidades negras da área metropolitana da cidade de Macapá, capital do Estado.

Embora sua origem seja pouco definida, o Marabaixo é uma dança da cultura africana, provavelmente trazida pelos negros que chegaram ao Estado do Amapá no século XVIII, para a construção da Fortaleza de São José. Além destes, aportaram na região, famílias vindas da África, fugidas das guerras entre mouros e cristãos.

A dança e o canto do Marabaixo constituem o lado profano da Festa do Divino e acontecem integradas a esta comemoração.

As celebrações têm início no domingo de Páscoa e, a partir daí, se desenvolvem durante um espaço de tempo de aproximadamente sessenta dias, onde acontecem danças e cantorias do Marabaixo junto com levantamento de mastros para o Divino e a Santíssima Trindade, missas, novenas, procissões. No final os mastros são derrubados, finalizando o ciclo anual do Marabaixo.

O Marabaixo acontece no ritmo de tambores ou das caixas, instrumentos de percussão construídos com madeira e pele de animais. Durante o ritual são servidas bebidas, sendo a mais típica a gengibirra, comumente servida nas rodas de batuques e Marabaixo, feita com gengibre e cachaça. A gengibirra embala os foliões que chegam a dançar a noite toda “jogando ladrão”, ou seja, as musicas que são cantaroladas pelas dançarinas e que entoam versos espontâneos durante as reuniões



As mulheres dançam de forma vigorosa, com suas saias de cores vivas, no ritmo forte e intenso dos batuques. Levam uma toalha nos ombros para limpar o suor, que acabou tornando-se um adorno típico de suas vestimentas. Os homens fazem gestos da queda de corpo e da capoeira que era jogada, antigamente, em frente à secular Igreja de São José.

No dia 16 de junho comemora-se o dia estadual do Marabiaxo onde há missas e batuqueradas com participação de vários grupos de danças folclóricas. No Amapá, o Ciclo do Marabaixo é comemorado todos os anos por grupos organizados, que trabalham para manter vivas as tradições de raiz de seu povo e ancestrais.

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Por Lu Paternostro
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