Exposição Virtual
Labirinto do Oco
Série de Desenhos do Intra-Ser. Processo.
Num labirinto, caminhos de um eu possível.
As vezes não nasce olho.
Quando sonhamos, podemos ver as coisas boiando em cima da gente. E a gente grudando nelas…. Uns carrapatos pagajosos de coisas.
Encontro com aqueles que peidam no elevador descaradamente e dizem: “simples assim!”
Estas, as mãos que digo presentes.
Se paro, ela fala… e sempre me sugere uma direção. Fico insegura e frouxa.
O sussurro vem da gente mesmo. Se eu não tomar cuidado, penso que tudo vem de fora, mas vejo que vem de mim. Meu umbigo me domina! Heeellp!
Um dia serei menos cabeça. As cabeças se acorrentam, juntas e se julgam, se juntam e nos matam, impunemente.
Nos globos oculares a resposta que a coisa está no caminho.
Na viagem percebo que há seres contentes vivendo, ainda, dentro da mala.
O processo das cabeças soltantes são feitos puns em bumerag: soltam e se sugam de novo. A vida é um processo intestinal em contante destruição.
Meu sonho é que os tentáculos se abram. O olho deles vai mais longe. Mas quando vão, voltam presos pelos pensamentos horrendos.
Enquanto todas as portas vão fechando, relaxo e vou aprendendo mais sobre a vida.
Percebi que mnda saiu sem interesse, nada foi nobre até agora. O oco agora olhou para mim.
O olho é a testemunha que observa os dejetos do pensamento. Eles ficam em torno da gente dando dicas.
Os cara cools assumiram suas patas. Agora correm para qualquer lado, até pra cima de mim, entrando na minha cabeça…. Oca.
Mas elas optam por dançar enquanto as coisas se constroem e se destroem. Não há problema. Apenas dançam….
Hoje descobri que as cabeças caem felizes em cestos…. que as acolhem.
Agora eu entendo porque todos me tratam como uma retardada! Porque eu vi isso!
A menstruação vem e some. O caminho começa ficar estranho por causa dela. Ela enche de sangue as coisas mais puras.
Quando você ama, o amor vem.
Quando procurava dentro das caixas que um dia desenhei, vi uma voz oca e um silêncio. Depois, um jooorrrrrroooooooo de palavras.