Histórias do Universo dos Falantes

Palavras. O que são?  #01

“Estava um dia com alguns amigos e, por um breve momento, como costumava fazer quando era jovem, sai fora de mim por um instante…“

O mágico desenho de um café. Carpem Diem. #02

“Numa manhã gostosa e ensolarada de inverno, muito cedo, um sabiá bem próximo contava
as nostálgicas histórias de muito tempo, me dirigi a um pequeno café…”

Enxerido.#03

“O enxerido é um personagem curioso. É cabeçudo, com grandes olhos e orelhas gigantes! O resto é pequeninho…”

Atos do falar. O Coração, em oração, de um Pássaro. #5

“Mais uma vez o eterno falar. 
Falar coisas do coração, falar sem falar, falar e viajar de tanto falar e ter no ato de falar…”

A morte dos que dormem quietos.#6

“Eles vivem dormindo.

Não falam, não escolhem, não acham, não pensam, não leem, nem sonham, nem sentem o presente, nem nada…”

 Sonhadores. Os Cabeças-Sementes.#07

“As Girafas Metafísicas

Eles decidiram esquecer o mundo real e deixaram suas cabeças voarem, tornando-se “inúteis” sonhadores…”

Curiosos passantes. As duas janelas.#09

“Olho por elas.

Ainda podemos ver uma pessoa alegre pelas ruas e um homem que vomita conceitos chatinhos para o mundo, que passa por ele…”

Pipas e flores. Flores e Pipas.#10

“Pipas voam enquanto flores nascem…”

Quietos. Alguém te espreita.#11

“Eles te espreitam e, por isso, te conhecem bastante. Suas mentes estão conectadas ao universo…”

Festeiros. Eternos Festeiros.#13

“Festivos e festeiros, festejam tudo! O astronauta que foi à lua numa bolha de sabão, o padre e suas alegres criancinhas enterradas…”

Invasores, uma coisa que pode se tornar a gente.#14

“Convivendo comigo mesma todos os dias, percebi umas coisas estranhas que parecem conhecer minha mente como ninguém, mais do que eu mesma…” 

Minhas intrometidas Minhocas.#15

‘Descobri que criamos minhocas em nossa cabeça, você sabia? Criamos e azucrinamos nosso dia a dia com elas…”

Os brindadores da vida.#17

“Você já imaginou sua vida assim, sendo brindada todos os dias por seres chamados “brindadores”?

É! Estes caras existem, mas não o percebemos,…”

Comida nas bocas.#18

“Colherezinhas cheias de comidas voam pelo espaço e acabam suas jornadas em bocas famintas.

Passeiam por histórias dentro de histórias fora de caixas…”

Bombons.#19

“Um dia, do nada, nasceram girassóis no jardim de um cara. Ele ficou muito, mas muito bravo…”

Abelhudas.#21

“As abelhudas são pequenas cabecinhas de antenas, que gravitam sobre pequenos tubinhos sinuosos, tubinhos fuxiqueiros. Se enfiam em tudo…”

Cabeça Dá?#22

“Quantas vozes entram em nossas cabeças falando o que querem, quando querem…”

Tempo Bege.#23

“Descendentes de cebolas, orelhas, fominhas, cabeças-ocas, barba-papas, bois de camisa e seus pintos recolhidos…”

Alcance Violento.#25

“A gente faz e repercute.

Se pensamos, repercutimos nossos pensamentos e ideias como as sementinhas que alimentam os matagais…”

Contribuição.#26

“Os sóis brindam flores-ideias.

Compartilha-as com o universo…”

Vórtice.#27

“Caí das nuvens, sugada por um furacão.

Entrei por um ralo, sugada por um redemoinho…”

Universo-Peixe. #29

“Ser, pensar-amar e viver numa bolha, um pequeno e adorável aquário. Os peixes acreditam que isso é viver…”

Enroladores dos distraídos. As velhas bocas.#30

“Meu Deus, você já pensou nas bocas que nos cercam?

Um buraco. Fedido ou cheiroso. Um buraco decorado ou não, sempre cheio de bactérias…”

Buscadores de contexto. #31

“Quem busca texto, busca observar a vida com olhos grandes, bem vivos e abertos, pois vai aprender a ver coisas inusitadas acontecendo de forma livre, síncrona, encadeada…”

Poder Podre.#33

“A gente tá quieto e, do nada, vem aquele ruido, o ruido das máquinas redondas, daquelas que secretam palavras e segregam, quebram, corroem, destroem o tempo presente, o tempo todo.”

Quadros.#34

“Cabeças enquadradas.

Elas me olham de suas pequenas janelas.

Cheias de perguntas.”

Esperançosos. #35

“Não gritem, não rosnem. Eles estão aí!…”

Os Sois. Os Ois.#37

“Um dia, eu estava dormindo gostoso na minha fofa cama, cheia de edredons azuis da nuvem e do céu, uma fronha amarelinha de flores brancas, e quando abri meus olhos me deparei com eles, os Ois…”

Plantando Cabeças.#38

“Um dia acordei de sopetão, abrindo os olhos bem grandão e pensei: vou sair por ai plantando cabeças!

Tomei café da manhã, comi bastante pão…”

Tentativa.#39

“Eles tentam de tudo!

Tentam entrar nos cérebros, agora mais fechados e pequenos dos seres, jogando pensamentos alegres, mas os seres permanecem angustiados…”