O Antônia Zoio. Coleção Nhôs

o-antonia-zoio-lu-paternostro-noias

“O Antônia Zoio” (PN101). Coleção Nhôs.
Técnica mista sobre painel. 30x05x30 cm(CxAxL)
Lu Paternostro

coleção Nhôs

O Antonia Zoio

Lamento muito, mas parece um erro grosseiro, né?
Porém o nome dele ou dela, é mesmo “o Antônia”. Veio assim!

O Zoio é o hominho do lado esquerdo. Mas tem dois e você diz: e qual é o lado esquerdo, já que todo mundo confunde? Chegue à conclusão você mesmo e mais: esse outro, que não é o Zoio, eu não sei como se chama. Paciência. Se quiser, dá o nome pra ele!

O Antônia é como uma pequena palavrinha, que voa ao vento. Um sussurro, fluido. Mas seus olhos muito, mas muuuuito abertos, não querem perder nada – olham tudo, olham o grande universo. Não é como você pensa, não fitam você. Fitam muito, mas muito além de você!

O Antônia tem muitos sonhos que podem ser atingidos, mas através das cabecinhas do Zoio.
E elas são incrivelmente sábias. Elas são as únicas que podem ver as “mesas-olho” como sensíveis protetoras.

Quando tudo se desligar, tudo vai voar pelo universo do azul. E se é a Antônia ou o Antônio, não será mais nada importante.



Lucinéia do Canhamo. Coleção Nhôs

lucineia-do-canhamo-lu-paternostro-noias

“Lucineia do Canhamo (PN102), Coleção Nhôs.
Técnica mista sobre painel. 20x05x20 cm(CxAxL)
Lu Paternostro


Lucinéia do Canhamo

Lucinéia era meio alucinada. Ficava falando a mesma coisa, todos os dias de sua vida.

Vivia dentro de um tubo tecido por linhas mentais muito fortes. Vivia no tubo, ao mesmo tempo que tinha os olhos vidrados numa ampla janela que a chamava. E que janela é essa? Uma janela que conectava com essa flor, linda, que você pode ver em sua testa e que ela, ela mesma, nem percebe que esta lá.
Nunca percebe! Essa linda flor, que gira lentamente às vezes para um lado, às vezes para outro, conectava com a grande janela, a janela do todo!

Ela andava meio angustiada e ficava com coisas bobas na cabeça enquanto tudo em sua volta acontecia feliz, iluminado e fluido, independente dela e de seu tubo, às vezes tão fechado, que a sufocava.
Às vezes uma luz aparecia, sua flor brilhava mais e a janela se iluminava toda.

Ela não via nada! Estava presa no seu tubo, tão firme e forte, que ela nada percebia
Mas, calma, um dia ela vai acordar e, quando acordar, vai ver tudo à sua volta: a flor que gira, a janela que brilha e um grande sorriso nascerá em seu rosto, para sempre!!

Lucinéia do Canhamo é a esperança em nós! 



Nhoma. Coleção Nhôs

nhoma-lu-paternostro

“Nhoma” (PN101) Coleção Nhôs.
Técnica mista sobre painel. 30x05x30 cm(CxAxL)
Lu Paternostro

coleção Nhôs

Nhoma

A Nhoma, queria voar.

Mas não conseguia. Ela é meio perturbadinha.

Vivia tendo interferência de suas atormentadas baratas mentais, bastante perturbadinhas também!

Mudou de casa, morou em outros países, planetas e até outras dimensões. Nada a livrava delas. As baratas cresciam, criavam olhos, bocas, evoluíam, se especializavam na Nhoma, tornavam-se adultas e saiam pelo mundo, entrando nos outros pelos ouvidos e imaginação.

Adoravam ser o que mais sabiam ser: baratas mentais se espalhando por tudo, todos! Fortes, sim, resistentes! E cada vez mais entre nós, Nhomas despercebidas, querendo chupar o líquido que sai de nossas medulas existenciais.
Essas baratas criam-se na gente.

Parece que temos um buraco aberto dentro da gente para gestar essas coisas viventes.



error: Conteúdo protegido!