Buscadores de Contexto. Caixas de Histórias.

Peça da Exposição “Histórias do Universo dos Falantes”. Visite!

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Buscadores de Contexto

Aqueles que buscam um contexto para existirem, acham.

Quem busca observar a vida com olhos grandes, bem vivos e abertos, vai aprender ver coisas inusitadas acontecendo de forma livre, síncrona, encadeada.

Poderá ver que, ao mesmo tempo em que um homem nada contra a maré, dominando-a com sua mente, uma pessoa sussurra infortúnios dentro de uma boa casa, com bençãos de todos os lados. Mas não consegue ver nada!  

Que ao mesmo tempo que uma mulher se solta e se gosta, outra está sofrendo com sua garganta amarrada, sem poder ser o que acredita, pois tem uma boca-alma pequena, travada. E fica travada.

Poderá ver que um cara angustiado tem seus olhos ligados ao cérebro, e por isso, os olhos verdadeiros passam a incomodá-lo. Os olhos com a verdade podem ouvir-ver as bocas insólitas e sem amor, que agem em grupo, sem afinação, sem harmonia, gerando um “nada de bom”.  

Observará que aquele que parece tão perto, quando longe de nós, desenvolve e por isso vai para longe.

Quem procura um contexto legal, deixa seus olhos soltos, sentindo a liberdade e encaram com alegria as coisas, aprendendo ver tudo de forma nova, identificando um roteiro que passa a ser reescrito, agora, pelos novos olhos.

Por Lu Paternostro



Alcance Violento. Caixas de Histórias.

Peça da Exposição “Histórias do Universo dos Falantes”. Visite!

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Alcance Violento

A gente faz e repercute.

Se pensamos, repercutimos nossos pensamentos e ideias como as sementinhas que alimentam os matagais.

Brotam cabeças e ideias.

Se fazemos, repercutimos nas vidas nos outros, nos sentimentos.

Se vibramos positivo, conquistamos o mundo!

Nosso alcance, parece que não, mas é violento.

Por Lu Paternostro



Enroladores dos Distraídos – As Bocas. Caixas de Histórias.

Peça da Exposição “Histórias do Universo dos Falantes”. Visite!

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Enroladores dos Distraídos – As Bocas

Você já parou para observar as bocas que nos cercam?

Um buraco. Fedido ou cheiroso. Um buraco decorado ou não, sempre cheio de bactérias ou vírus.

Um buraco digestivo. Um buraco por onde saem as palavras secas e, também, em forma de canto.

E quando a gente chega, vem a boca dela, falando, falando, falando.

Meus pensamentos embaralham. Já não sei mais aonde estão. Na verdade, não sei mais aonde estou. 

As velhas bocas. Calá-las em nós é nossa divina obrigação.

Por Lu Paternostro



Observadores Ponderados. Caixas de Histórias.

Peça da Exposição “Histórias do Universo dos Falantes”. Visite!

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Observadores Ponderados

Conscientes.

Ela se esconde, se enterra.

Calculam antes de agir.

Ela perturba e grita.

Isentos de ilusões.

Ela dá para Deus e o mundo.

Amantes da verdade.

Ela vomita na sopa.

Não brigam.

Ela enterra um peixe lá, no deles… pelo menos tenta!

Ponderados, a observam.

Ela dá uma banana para eles e sai de cena…

E tropeça na boca suja de seu próprio rabo.

Por Lu Paternostro



As abelhudas. Caixas de Histórias.

Peça da Exposição “Histórias do Universo dos Falantes”. Visite!

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As abelhudas

As abelhudas são pequenas cabecinhas de antenas, que gravitam sobre pequenos tubinhos sinuosos, tubinhos fuxiqueiros. Se enfiam em tudo.

Sempre muito curiosas, vivem abelhando nos cantinhos da vida alheia.

Se você tiver a oportunidade de olhar para dentro de um buraquinho, você talvez as veja.

São atentas e parecem que sabem de tudo.

Depois saem contando para os outros.

São umas bisbilhoteiras fofoqueiras!

Por Lu Paternostro



Sempre com uma questão. Caixas de Histórias.

Peça da Exposição “Histórias do Universo dos Falantes”. Visite!

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Sempre com uma questão

Os “loucos” têm sempre uma questão cozinhando nas suas vísceras cerebrais.  É uma só cabeça, cheia de outras mil. Cabeças que pensam e falam, falam, falam.

Falam e nascem. Vão nascendo e, como bexigas, sobem quentes, alto, tão alto que estouram. Ou murcham e caem na cabeça da gente que nada sabe, viu, ouviu.

Algumas vão longes, que nem bolhas de sabão, e se dissolvem em si mesmas.

Outras vêm desenfreadas sobre nós.

Você nem imagina quantas cabeças vi jorrando de bocas desembestadas, me atacando sem parar. Depois que entram ficam lá dentro da minha cabeça, rosnando, grunhindo. 

Preciso desenvolver um cérebro-moela para me proteger de tudo isso. 

Por Lu Paternostro



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