Cabeça dá. Cabeçudos sofrem. Caixas de Histórias.

Peça da Exposição “Histórias do Universo dos Falantes”. Visite!

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Cabeças que sofrem

Descobri que cabeça dá!

Dá no cérebro, dá na barriga, dá no cocô nosso de cada dia!

Cabeça dá em todo o lugar e falam demais.

Bocas falam demais. Entram em nossas cabeças falando o que querem, quando querem. Definitivamente pararam de pensar, só falam.

Ai a cabeça enche. Fica grande. Sofremos.

Se não falam, não existem neste mundo.

Botá-las num constante reset mudo, é nossa divina obrigação.

Por Lu Paternostro



Vórtice dos Curiosos. Caixas de Histórias.

Peça da Exposição “Histórias do Universo dos Falantes”. Visite!

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Vórtice dos Curiosos

Caí das nuvens, sugada por um furacão.

Entrei por um ralo, sugada por um redemoinho.

Encontrei milhões de cabeças comigo. Todas elas tinham bocas e falavam. Falavam muito.

Entraram todas comigo no vórtice autotélico de cada uma.

Milhões de carinhas em vórtice, num ralo universal!

Uma cena deslumbrante.

Tudo muuuito curioso!

Por Lu Paternostro



Contribuição. Caixas de Histórias.

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Contribuição

Os sóis brindam flores-ideias.

Compartilha-as com o universo.

E a chuva será feita das pétalas do sol-flor.

E a nova chuva que cai, muda tudo de novo.

A natureza, em seu movimento contínuo, contribui com as flores-ideias.

E os sóis, brindam a vida.  

Por Lu Paternostro



Buscadores de Contexto. Caixas de Histórias.

Peça da Exposição “Histórias do Universo dos Falantes”. Visite!

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Buscadores de Contexto

Aqueles que buscam um contexto para existirem, acham.

Quem busca observar a vida com olhos grandes, bem vivos e abertos, vai aprender ver coisas inusitadas acontecendo de forma livre, síncrona, encadeada.

Poderá ver que, ao mesmo tempo em que um homem nada contra a maré, dominando-a com sua mente, uma pessoa sussurra infortúnios dentro de uma boa casa, com bençãos de todos os lados. Mas não consegue ver nada!  

Que ao mesmo tempo que uma mulher se solta e se gosta, outra está sofrendo com sua garganta amarrada, sem poder ser o que acredita, pois tem uma boca-alma pequena, travada. E fica travada.

Poderá ver que um cara angustiado tem seus olhos ligados ao cérebro, e por isso, os olhos verdadeiros passam a incomodá-lo. Os olhos com a verdade podem ouvir-ver as bocas insólitas e sem amor, que agem em grupo, sem afinação, sem harmonia, gerando um “nada de bom”.  

Observará que aquele que parece tão perto, quando longe de nós, desenvolve e por isso vai para longe.

Quem procura um contexto legal, deixa seus olhos soltos, sentindo a liberdade e encaram com alegria as coisas, aprendendo ver tudo de forma nova, identificando um roteiro que passa a ser reescrito, agora, pelos novos olhos.

Por Lu Paternostro



Alcance Violento. Caixas de Histórias.

Peça da Exposição “Histórias do Universo dos Falantes”. Visite!

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Alcance Violento

A gente faz e repercute.

Se pensamos, repercutimos nossos pensamentos e ideias como as sementinhas que alimentam os matagais.

Brotam cabeças e ideias.

Se fazemos, repercutimos nas vidas nos outros, nos sentimentos.

Se vibramos positivo, conquistamos o mundo!

Nosso alcance, parece que não, mas é violento.

Por Lu Paternostro



Enroladores dos Distraídos – As Bocas. Caixas de Histórias.

Peça da Exposição “Histórias do Universo dos Falantes”. Visite!

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Enroladores dos Distraídos – As Bocas

Você já parou para observar as bocas que nos cercam?

Um buraco. Fedido ou cheiroso. Um buraco decorado ou não, sempre cheio de bactérias ou vírus.

Um buraco digestivo. Um buraco por onde saem as palavras secas e, também, em forma de canto.

E quando a gente chega, vem a boca dela, falando, falando, falando.

Meus pensamentos embaralham. Já não sei mais aonde estão. Na verdade, não sei mais aonde estou. 

As velhas bocas. Calá-las em nós é nossa divina obrigação.

Por Lu Paternostro