Hanjio. Coleção Nhôs

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“Hanjio” (PN107). Coleção Nhôs.
Técnica mista sobre painel. 30x05x30 cm(CxAxL)
Lu Paternostro

coleção Nhôs

Hanjio

Um anjo amarelo, no céu, rodeado de corações vermelhos, intensos, pulsantes, de olhos verdes. Seus cabeços parecem ser totalmente sábios. As “mesas-olho” o protegem. Desenho nas laterais.



Coconha. Coleção Nhôs

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“Coconha” (PN106). Coleção Nhôs.
Técnica mista sobre painel. 30x05x30 cm(CxAxL)
Lu Paternostro

coleção Nhôs

Coconha

A Coconha tem olhos imensos, azuis e está conectada emocionalmente às cabeças que ficam penduradas ou saem de seu pescoço. Seus cabelos, azuis arroxeados, destacam-se no fundo carmim. Tudo se movimenta. Ela é meio fria, meio zumbi, comandada pelas cabeças que falam sem parar para ela fazer isso e aquilo. Acorde a Coconha trocando uma ideia com ela e a conquiste! Desenho nas laterais.



Clorinda. Coleção Nhôs

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“Clorinda” (PN105). Coleção Nhôs.
Técnica mista sobre painel. 30x05x30 cm(CxAxL)
Lu Paternostro

coleção Nhôs

Clorinda

A Clorinda é uma mulata amarela linda, olhos laranjas, intensos, cabelos divertidos e coloridos. Sempre enfeitada! Leva dois amigos nos ombros, amigos super alegres! As “mesas-olho”, roxas, gravitam em volta dela, num fundo azul esverdeado. Desenho nas laterais.


Em sua vida, procurou um sentido para ela, a vida.
Procurou isso em cantinhos diversos, como nas janelas abertas para as ruas, aquelas que davam para ver lá dentro, nem que seja um pouquinho. Mas não encontrou nada.



Maria Cléia. Coleção Nhôs

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Maria Cleia Lu Paternostro. Coleção Os Nhôs

“Maria Cléia” (PN094). Coleção Nhôs.

Técnica mista sobre painel. 30x05x30 cm(CxAxL)
Lu Paternostro

coleção Nhôs

Maria Cléia

Maria é uma mulher que tem seus olhos focados no foco. Sim! Tá legal, não vou falar mais “focados no foco”.

Digamos assim: Ela tem os olhos firmes no que ela quer e acredita.

Ela sabe que só assim seu centro de intenção se ativa e ela realiza o que for preciso, ou enfrenta o que for preciso, mais rapidamente e de forma fluída.

Ela aceita e enfrenta!

Particularmente, gosto muito dela, tornando-se uma das minhas preferidas.

Agora, veja isso: em suas duas orelhas se esconde alguém, um ser brincalhão! Sabia? veja lá!

Imagina o que essa figura pode ser para ela? vai ver que é por isso que ela preza tanto o humor, uma meta eterna no seus dia a dia! 

Tudo em sua volta a espreita. Principalmente as “mesas-olho”, que às vezes parecem tão ameaçadoras, mas que são protetoras de todos nós que estamos próximos delas, mais especialmente, aqueles que confiam no seu poder.

Elas são a essência da Maria. E, assim como nós, ela não as percebe.

Mesmo assim, Maria Cléia, é ajudada de todo forma. A sua eterna coragem atrai consciências de longe, que dão mais força a ela e que a alimentam com mais sentidos para uma nova coragem! Assim ela se sente mais encorajada em ser corajosa! Uma coragem atrás da outra! Um trem de coragemmmm! Chega!

Ela aceita tanto a sua vida que em seu universo, tudo o mais se transforma sempre, forjando seu poder na sua confiança e na confiança de seus protetores amigos.

Emoldurando tudo e toda essa busca, as “mesas-olho” observam e cuidam dela!




Concetona. Coleção Nhôs

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lu-paternostro

“Concetona” (PN95). Coleção Nhôs.
Técnica mista sobre painel. 30x05x30 cm(CxAxL)
Lu Paternostro

coleção Nhôs

Concetona

Todos calam sua boca o tempo todo.
E ela sofre!

Ninguém imagina o que é, todos os dias, engolir sua língua vermelha de baba seca!!
Difícil… Ai ela fica assim, porque, se falar, leva! E corre o risco de, um dia, engolir a própria boca também!

Acostumou-se a conversar com seus colares de olhos, que nunca a largam.
Acostumou-se, também, ficar no seu quieto lugar de reflexões mudas e confusas.
Acostumou-se que, para viver melhor, tem de calar a boca com mais frequência.
Acostumou-se que o outro tem uma necessidade imensa de existir mais que ela.

As babas secam.
A língua prende.
Ela se sufoca e chora.
Depois passa.
Mas, seus ouvidos são profusos, enormes e expressivos.
Parecem ter vida própria. Ou se fingem ou se fungam, para não ouvir tanto a palavra EU, um EU que não é dela, mas o EU de tantos que vivem com ela. As bocas alheias, parecem, só falam EU. Só sabem ver seu EU.

Seus olhos são o céu, aquilo que ela sonha sempre: voar!
Seus olhos falam para o mundo e vivem mais além.
No seu silêncio, e dentro deles que voam mais alto, ela se torna mais feliz!

Por isso, tranca sua boca e língua num pequeno armário, e joga a chave no mundo, para o nunca mais.



Merconda Viajora. Coleção Nhôs

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“Merconda Viajora” (PN96). Coleção Nhôs.
Técnica mista sobre painel. 30x05x30 cm(CxAxL)
Lu Paternostro

coleção Nhôs

Merconda Viajora

ÔÔÔÔÔÔÔÔÔÔÔ minha Merconda querida!

Seus cabelos de dedos, contam muito de você!

Sabemos que quer pegar o mundo com suas mãos mentais, mas estes dedos são curtos, não podem pegar nada que seja ou esteja muito mais além deles! Pelo menos é assim que pensa.

Por isso elabora fracassos, sonhos que desvanecem, e tudo gravita somente na sua mente ativa, a construtora de sua prisão perpétua.

Uma pena, pois confiou muito nos dedos, mesmo curtos! Mas não soube ver mais além.

Ela passa dias elaborando e pensando. Adora contar histórias dos objetos e de seus proprietários.

Um dia, se fixou num grupo de balões-ostras, pequenos, duros, e que voavam lentamente. Eram de um amigo distante. Cismou com eles e ficava ranhetando cada vez que os via.

Dizia a todos que se deparou com um bando de objetos estranhos e que eram mal-educados, que não a ouviam e que iam embora quando tentava dar seus inúmeros conselhos a eles. E iam mesmo, porque não gostavam de gente chata como ela. Faziam muito bem!

Mas, com o tempo, Merconda foi se acostumando que, cada vez mais, não mandava em nada, que tudo tem seu ritmo, sentido, vontade próprios e é assim que é. Tem de relaxar disso tudo!

E foi o que fez!

Seus cabelos cresceram, seus dedos mentais, antes curtos, foram indo muito mais longe e ela enfrenta todos os balões-ostras que aparecem, com sabedoria e fluidez.