Painel Temático “Lenda das Amazonas”

“A Lenda das Amazonas”, de Lu Paternostro. Painel temático 5,5 x 2,5 m.
Copyright Lu Paternostro. Proibida cópia, uso ou reprodução desta imagem sem a autorização da artista

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Lenda das Amazonas

Neste painel, localizado no restaurante, escolhi a Lenda das Amazonas e que contem diversas simbologias inseridas nos dois polos simbólicos do universo humano: as mulheres e sua força feminina, inseridas e atuantes principais no verde das matas, do aspecto masculino, que acolhe, mas é coadjuvante aqui.

Quero mostrar a força das mulheres guerreiras, que sabem lutar, mas também seduzir, amar, procriar e deixar sua marca, única.

Os índios falavam em Icamiabas, que significa “mulheres sem marido”, que viviam sozinhas no interior da região do Rio Nhamundá, conhecida como região das Pedras Verdes, local de onde se originavam os muiraquitãs, amuletos em forma de pequenos sapinhos.


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Dizia-se que as Icamiabas realizavam uma festa anual dedicada à lua, onde recebiam os índios Guacaris, com os quais se acasalavam. Depois do acasalamento, mergulhavam em um lago chamado Iaci-uaruá (Espelho da Lua) e iam buscar, no fundo, a matéria-prima com que moldavam os muiraquitãs, os quais, ao saírem da água, endureciam. Então, presenteavam os companheiros com os quais tinham feito amor, que os usavam pendurados ao pescoço. No ano seguinte, na realização da festa, as mulheres que tinham parido ficavam com as filhas e entregavam os filhos para os Guacaris.

Contam que as mulheres eram fortes e ativas para proteger a tribo, mas profundamente doces. Se doavam com muito carinho tanto ao seu homem como às suas filhas.

Por Lu Paternostro


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Painel Temático “A Lenda da Iara”

"A Lenda da Iara", de Lu Paternostro. Painel temático 5,5 x 2,5 m.
Copyright Lu Paternostro. Proibida cópia, uso ou reprodução desta imagem sem a autorização da artista

“A Lenda da Iara”, de Lu Paternostro. Painel temático 5,5 x 2,5 m.
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Lenda da Iara

Neste painel, localizado no 3º andar, escolhi a Lenda da Iara, mãe d´água, a sereia brasileira.

Na Região Norte, em particular, a permanente interação com os rios e igarapés, por parte dos(as) caboclos(as), deu origem a várias lendas que evidenciam elementos representativos da vida e da morte. A Iara, uma das belas figuras aquáticas, é uma delas.

Há várias versões, mas, em todas elas, a personagem é representada por uma belíssima mulher morena, de grandes olhos castanhos, amendoados, longos cabelos negros, que seduz os homens solteiros ou prestes a casar, levando-os, com seu encantamento, para o fundo do rio.

Ela provoca nos homens um desejo irresistível em segui-la. Uns morrem, outros voltam vivos, meio doidos, falando de ruínas de castelos encantados. Uns dizem que em sua testa, brilha uma linda estrela que se ilumina para chamar a atenção dos homens e hipnotizá-los para seus encantos.



Aqui, o índio ao centro, está no momento da sua captura, para os seios de Iara. Ela se torna presente, poderosa. Entre os dois, o encantamento acontece.

As flores que coloco em cena, representam o poder sedutor das mulheres. Entre elas os homens caminham, inebriados pelo encantamento feminino, sentindo em si, uma energia viva, em movimento.

Na imagem, o fundo do rio se mescla de forma surrealista com o cenário da mata amazônica, o céu, a cena.

O homem que mergulha está sem ação, no momento do feitiço das sereias, certas de seu sucesso. Ele está desarmado, solto, livre, “voando” nas águas do rio e alegre, indo para as profundezas. O chamado do amor é inequívoco, mas mortal.

As ondas representam o movimento das águas, dos quadris sedutores, do poder divino da fecundação feminina, esbanjando vida nas plantas, animais e no movimento de tudo.


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Por Lu Paternostro

Painel Temático “A Lenda da Vitória Régia”

"A Lenda da Vitória Régia" , de Lu Paternostro. Painel temático 5,5 x 2,5 m.
Copyright Lu Paternostro. Proibida cópia, uso ou reprodução desta imagem sem a autorização da artista

“A Lenda da Vitória Régia” , de Lu Paternostro. Painel temático 5,5 x 2,5 m.
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Lenda da Vitória Régia

A Lenda da Vitória-Régia é de origem indígena tupi-guarani e muito popular na Amazônia. Com esta lenda, os pajés explicavam para os índios de sua tribo, a origem desta bela planta aquática, a Vitória Régia, muito profusa na região e cheia de mistério.

As índias da tribo costumavam brincar alegres nas noites claras de luar, adorando a lua e sentiam-se muito felizes. Nas noites de lua cheia, ficavam nas beiras dos rios conversando, rindo, brincando e admirando sua amiga protetora.  

Um dia, uma das lindas índias, aquela mais fortemente apaixonada pela luz da lua, quis tocá-la e, na esperança de ver seu sonho realizado, correu para ela num impulso de profunda alegria e felicidade, tentando abraçá-la e, desta forma, tornar-se a própria lua, seu objeto de veneração e alegria.


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A linda jovem lançou-se às águas misteriosas do rio, desaparecendo para sempre.

Jaci, a deusa lua dos índios, presenciou tudo apiedando-se do ato de coragem de sua destemida amante, na busca de seu amor universal.

Resolveu, então, imortalizá-la aqui na terra, transformando-a numa das plantas mais lindas e exóticas do nosso planeta, a fantástica Vitória Régia.

A alma da índia que amava a lua, vive em suas flores que se transformam e, todas as noites, espalham um doce perfume. Suas folhas espalmam-se, às vezes tão enormes, para refletir a luz poderosa e espiritual da grande lua que, silenciosa, lá no céu, tudo sabe, tudo vê.

Por Lu Paternostro


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A Lenda do Boto Cor de Rosa | Lu Paternostro

"A Lenda do Boto", de Lu Paternostro. Painel temático ilustrado 5,5 x 2,5 m. Copyright Lu Paternostro. 
Proibida cópia, uso ou reprodução desta imagem sem a autorização da artista.
“A Lenda do Boto”, de Lu Paternostro. Painel temático ilustrado 5,5 x 2,5 m. Copyright Lu Paternostro.
Proibida cópia, uso ou reprodução desta imagem sem a autorização da artista.

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A Lenda do Boto

Segundo Luís da Câmara Cascudo, “o boto seduz as moças ribeirinhas dos principais afluentes do Rio Amazonas, sendo considerado pai de todos os filhos cuja paternidade é desconhecida.

É amante obstinado das mulheres e sente-se atraído por elas, à distância. Costuma aproximar-se das mulheres que sozinhas e tristonhas, ficam sonhando, nas beiras dos rios em serem amadas por um homem lindo.

Atraídos por elas, nas primeiras horas da noite, transforma-se num bonito rapaz, grande dançador, bebedor, que aparece nos bailes, namora, conversa e brinca muito. Nunca tira o chapéu da cabeça, pois o respirador do boto nunca fecha, mesmo depois que se transforma em homem.


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Antes de chegar a manhã, sai de onde estiver e pula para a água, transformando-se novamente em boto.  

A ilustração mostra três momentos da lenda: o momento da solidão da mulher, que sonha com o amor na beira do rio, o momento do encontro do boto que aparece de forma mágica, olhando fixo para os olhos da mulher, atraindo-a para ele, e a conquista, a dança, o romance improvável.

Por Lu Paternostro

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Painel Temático “Uma Alegoria a Manaus”

"Uma Alegoria a Manaus", de Lu Paternostro. Painel temático 4,5 x 1,5 m.
Copyright Lu Paternostro. Proibida cópia, uso ou reprodução desta imagem sem a autorização da artista.

“Uma Alegoria a Manaus”, de Lu Paternostro. Painel temático 4,5 x 1,5 m.
Copyright Lu Paternostro. Proibida cópia, uso ou reprodução desta imagem sem a autorização da artista.

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Uma Alegoria a Manaus

Neste painel, localizado no térreo, optei por fazer uma homenagem a Manaus. considerando pontos importantes como o Teatro, o Rio Negro, as embarcações, as palafitas aqui bem coloridas e o Mercado, emoldurados pela grandiosidade da Selva e da lendária Amazônia, habitat natural de uma rica fauna e exuberante flora.

Na composição faço menção aos bois Garantido e Caprichoso, do folclore local, ao seringueiro, homem tradicional da selva, o personagem que extrai a borracha, o ouro branco, responsável pela riqueza da época aura dos Tempos da Borracha, cujo fruto maior, dentre outros tantos, é o Teatro Amazonas.

A onça pintada, a arara, os macacos, o tucano, o papagaio, os peixes, completam o grande cenário dessa imensa história. .

Por Lu Paternostro

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Painel Temático “A Lenda do Guaraná”

"A Lenda do Guaraná", de Lu Paternostro. Painel temático ilustrado 5,5 x 2,5 m. 
Copyright Lu Paternostro. Proibida cópia, uso ou reprodução desta imagem sem a autorização da artista.

“A Lenda do Guaraná”, de Lu Paternostro. Painel temático ilustrado 5,5 x 2,5 m.
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A Lenda do Guaraná

Neste painel, localizado no 4º andar, escolhi a Lenda do Guaraná por conter, em sua estória, belas imagens e as infinitas possibilidades gráficas que encontro nos frutos do guaraná.

A lenda conta que numa aldeia indígena, um casal teve um filho muito bonito, alegre e inteligente, querido por toda a tribo. Esta alegria que vinha da alma colorida dessa criatura, deixou seu pai, Jurupari, com ciúmes e raiva, transformando-se numa cobra. Como cobra, se pós quieto, em cima de uma bela árvore frutífera, espreitando quem por ali passava, aguardando o pequeno índio para, no momento certo, acabar com vida dele. Desta forma o menino não o incomodava mais.

Quando o menino, alegremente, foi colher um fruto daquela árvore tão bela, a cobra, seu pai, atirou-se sobre ele e o mordeu, ferindo-o fatalmente.

Sua mãe, vendo que o menino não voltava para casa, ficou muito preocupada e resolveu, junto com algumas pessoas da aldeia, procurá-lo! E uma triste cena foi vista: a mãe encontrou o doce curumim caído ao chão, sem vida, no pé da linda árvore. Sentiu-se profundamente triste e ajoelhou-se, tmbando sobre o corpinho corpinho inerte, mas que esboçava um leve sorriso de alegria: uma última risada foi dada antes da sua partida! O menino era muito feliz!
A tribo também sentiu muito a perda desse ser iluminado que amava a floresta. Todos choraram muito


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De repente, um forte trovão rebombou e um raio caiu junto ao menino. A índia-mãe, num gesto de profunda reverência, disse:

“Este é um sinal de nosso deus, Tupã, que se compadece de nossa profunda tristeza!”

“Plante os olhos de seu filho”, disse uma voz grave que vinha do céu, “e uma linda fruteira nascerá. Essa fruta mágica passará ser a fonte da eterna felicidade de seu povo”, disse.

Assim fez sua mãe que, com toda a reverência, depositou os dois vivos olhos na terra sagrada. E um momento de grande poder e energia aconteceu!

Depois de um tempo, naquele lugar, onde os olhinhos do menino de luz foram enterrados, nasceu o guaraná, uma planta de frutos vermelhos, branco e preto, de onde o pequeno índio, de onde estiver, parece nos observar. 

Por Lu Paternostro

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