Painel Temático: O Grande Pássaro | Lu Paternostro

"O Grande Pássaro", de Lu Paternostro. Painel temático na recepção de 17 x 7 m.Copyright Lu Paternostro. Proibida cópia, uso ou reprodução desta imagem sem a autorização da artista.

“O Grande Pássaro”, de Lu Paternostro. Painel temático na recepção de 17 x 7 m.Copyright Lu Paternostro. Proibida cópia, uso ou reprodução desta imagem sem a autorização da artista.

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O Grande Pássaro

Neste painel, localizado na recepção do hotel, sua altura toma os 5 andares do vão interno do hall de entrada. A ideia é criar impacto para quem chega na recepção do hotel, com um desenho gigantesco! E as pessoas ficam realmente encantadas: o desenho tem 17 metros de altura e você consegue vê-lo de todos os andares!

A imagem é de esperança: o pássaro que alça voo, pretende ir o mais longe possível, livre de suas prisões essenciais; está vivo, ama a Natureza. Embora sufocado pelas ações do homem, tem sua esperança de realizar seu grande voo.

Enquanto voa, está conectado ao céu por sua cabeça (sua mente) que procura o universo maior, o sentido da sua vida. Mais abaixo, às florestas, caracterizada por formas abstratas, procuram o fazer alçar voo, respirar, o dão sustentação, ao mesmo tempo que escondem as ameaças à sua existência. Abaixo dele os rios, os Rios da Amazônia, as veias que cortam as terras, as veias e seus destinos incertos. A profusão de peixes, a vida das águas em movimento, passa. Caminham em um só corpo, no sentido do coração da coletividade. Tem seus olhos atentos. Às vezes parecem que fogem.

O grande pássaro jaz em silencio, mas tem os olhares atentos dos que passam na recepção. Os que o olha, interagem, e ele passa a ser um novo pássaro. O pássaro, depois de olhado vira um novo pássaro e a arte se perpetua com mais um olhar que a, eternamente, viu.

Por Lu Paternostro

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Painel Temático “Lenda das Amazonas”

“A Lenda das Amazonas”, de Lu Paternostro. Painel temático 5,5 x 2,5 m.
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Lenda das Amazonas

Neste painel, localizado no restaurante, escolhi a Lenda das Amazonas e que contem diversas simbologias inseridas nos dois polos simbólicos do universo humano: as mulheres e sua força feminina, inseridas e atuantes principais no verde das matas, do aspecto masculino, que acolhe, mas é coadjuvante aqui.

Quero mostrar a força das mulheres guerreiras, que sabem lutar, mas também seduzir, amar, procriar e deixar sua marca, única.

Os índios falavam em Icamiabas, que significa “mulheres sem marido”, que viviam sozinhas no interior da região do Rio Nhamundá, conhecida como região das Pedras Verdes, local de onde se originavam os muiraquitãs, amuletos em forma de pequenos sapinhos.


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Dizia-se que as Icamiabas realizavam uma festa anual dedicada à lua, onde recebiam os índios Guacaris, com os quais se acasalavam. Depois do acasalamento, mergulhavam em um lago chamado Iaci-uaruá (Espelho da Lua) e iam buscar, no fundo, a matéria-prima com que moldavam os muiraquitãs, os quais, ao saírem da água, endureciam. Então, presenteavam os companheiros com os quais tinham feito amor, que os usavam pendurados ao pescoço. No ano seguinte, na realização da festa, as mulheres que tinham parido ficavam com as filhas e entregavam os filhos para os Guacaris.

Contam que as mulheres eram fortes e ativas para proteger a tribo, mas profundamente doces. Se doavam com muito carinho tanto ao seu homem como às suas filhas.

Por Lu Paternostro


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Painel Temático “A Lenda da Iara”

"A Lenda da Iara", de Lu Paternostro. Painel temático 5,5 x 2,5 m.
Copyright Lu Paternostro. Proibida cópia, uso ou reprodução desta imagem sem a autorização da artista

“A Lenda da Iara”, de Lu Paternostro. Painel temático 5,5 x 2,5 m.
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Lenda da Iara

Neste painel, localizado no 3º andar, escolhi a Lenda da Iara, mãe d´água, a sereia brasileira.

Na Região Norte, em particular, a permanente interação com os rios e igarapés, por parte dos(as) caboclos(as), deu origem a várias lendas que evidenciam elementos representativos da vida e da morte. A Iara, uma das belas figuras aquáticas, é uma delas.

Há várias versões, mas, em todas elas, a personagem é representada por uma belíssima mulher morena, de grandes olhos castanhos, amendoados, longos cabelos negros, que seduz os homens solteiros ou prestes a casar, levando-os, com seu encantamento, para o fundo do rio.

Ela provoca nos homens um desejo irresistível em segui-la. Uns morrem, outros voltam vivos, meio doidos, falando de ruínas de castelos encantados. Uns dizem que em sua testa, brilha uma linda estrela que se ilumina para chamar a atenção dos homens e hipnotizá-los para seus encantos.



Aqui, o índio ao centro, está no momento da sua captura, para os seios de Iara. Ela se torna presente, poderosa. Entre os dois, o encantamento acontece.

As flores que coloco em cena, representam o poder sedutor das mulheres. Entre elas os homens caminham, inebriados pelo encantamento feminino, sentindo em si, uma energia viva, em movimento.

Na imagem, o fundo do rio se mescla de forma surrealista com o cenário da mata amazônica, o céu, a cena.

O homem que mergulha está sem ação, no momento do feitiço das sereias, certas de seu sucesso. Ele está desarmado, solto, livre, “voando” nas águas do rio e alegre, indo para as profundezas. O chamado do amor é inequívoco, mas mortal.

As ondas representam o movimento das águas, dos quadris sedutores, do poder divino da fecundação feminina, esbanjando vida nas plantas, animais e no movimento de tudo.


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Por Lu Paternostro

Painel Temático “A Lenda da Vitória Régia”

"A Lenda da Vitória Régia" , de Lu Paternostro. Painel temático 5,5 x 2,5 m.
Copyright Lu Paternostro. Proibida cópia, uso ou reprodução desta imagem sem a autorização da artista

“A Lenda da Vitória Régia” , de Lu Paternostro. Painel temático 5,5 x 2,5 m.
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Lenda da Vitória Régia

A Lenda da Vitória-Régia é de origem indígena tupi-guarani e muito popular na Amazônia. Com esta lenda, os pajés explicavam para os índios de sua tribo, a origem desta bela planta aquática, a Vitória Régia, muito profusa na região e cheia de mistério.

As índias da tribo costumavam brincar alegres nas noites claras de luar, adorando a lua e sentiam-se muito felizes. Nas noites de lua cheia, ficavam nas beiras dos rios conversando, rindo, brincando e admirando sua amiga protetora.  

Um dia, uma das lindas índias, aquela mais fortemente apaixonada pela luz da lua, quis tocá-la e, na esperança de ver seu sonho realizado, correu para ela num impulso de profunda alegria e felicidade, tentando abraçá-la e, desta forma, tornar-se a própria lua, seu objeto de veneração e alegria.


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A linda jovem lançou-se às águas misteriosas do rio, desaparecendo para sempre.

Jaci, a deusa lua dos índios, presenciou tudo apiedando-se do ato de coragem de sua destemida amante, na busca de seu amor universal.

Resolveu, então, imortalizá-la aqui na terra, transformando-a numa das plantas mais lindas e exóticas do nosso planeta, a fantástica Vitória Régia.

A alma da índia que amava a lua, vive em suas flores que se transformam e, todas as noites, espalham um doce perfume. Suas folhas espalmam-se, às vezes tão enormes, para refletir a luz poderosa e espiritual da grande lua que, silenciosa, lá no céu, tudo sabe, tudo vê.

Por Lu Paternostro


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A Lenda do Boto Cor de Rosa | Lu Paternostro

"A Lenda do Boto", de Lu Paternostro. Painel temático ilustrado 5,5 x 2,5 m. Copyright Lu Paternostro. 
Proibida cópia, uso ou reprodução desta imagem sem a autorização da artista.
“A Lenda do Boto”, de Lu Paternostro. Painel temático ilustrado 5,5 x 2,5 m. Copyright Lu Paternostro.
Proibida cópia, uso ou reprodução desta imagem sem a autorização da artista.

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A Lenda do Boto

Segundo Luís da Câmara Cascudo, “o boto seduz as moças ribeirinhas dos principais afluentes do Rio Amazonas, sendo considerado pai de todos os filhos cuja paternidade é desconhecida.

É amante obstinado das mulheres e sente-se atraído por elas, à distância. Costuma aproximar-se das mulheres que sozinhas e tristonhas, ficam sonhando, nas beiras dos rios em serem amadas por um homem lindo.

Atraídos por elas, nas primeiras horas da noite, transforma-se num bonito rapaz, grande dançador, bebedor, que aparece nos bailes, namora, conversa e brinca muito. Nunca tira o chapéu da cabeça, pois o respirador do boto nunca fecha, mesmo depois que se transforma em homem.


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Antes de chegar a manhã, sai de onde estiver e pula para a água, transformando-se novamente em boto.  

A ilustração mostra três momentos da lenda: o momento da solidão da mulher, que sonha com o amor na beira do rio, o momento do encontro do boto que aparece de forma mágica, olhando fixo para os olhos da mulher, atraindo-a para ele, e a conquista, a dança, o romance improvável.

Por Lu Paternostro

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