Cientistas e Sanitaristas Brasileiros

Ilustrações de Lu Paternostro

Uma saga de descobertas e curas pelo Brasil.

Na Série Brasis em Traços, dei vida a 15 ilustrações que celebram a trajetória de grandes cientistas e sanitaristas brasileiros, heróis que dedicaram suas vidas à saúde pública. São figuras reconhecidas mundialmente, cujas contribuições desbravaram caminhos em busca de soluções para vetores e curas de doenças que, em sua época, dizimavam populações inteiras.

Com determinação inabalável e espírito pioneiro, esses homens e mulheres enfrentaram desafios inimagináveis. Cruzaram territórios hostis, desde aldeias indígenas às cidades mais remotas do interior, e também grandes metrópoles assoladas por pestes e epidemias. Sem medir esforços, levaram esperança e ciência a cada canto do Brasil, desbravando o desconhecido e mudando a história da saúde pública com suas descobertas.

Esses sanitaristas não apenas enfrentaram adversidades; eles abriram portas para um legado de transformação e resiliência. Suas vidas foram dedicadas à causa maior de salvar e melhorar vidas, escrevendo uma narrativa de coragem e altruísmo que jamais será apagada.

Este trabalho foi criado com profunda admiração e respeito para a Nova Analítica, como um tributo eterno a esses nomes que são verdadeiros alicerces da ciência brasileira. Que suas histórias ecoem por gerações, inspirando novas mentes a continuar esse legado de grandeza e humanidade.

A saga of discoveries and cures across Brazil.

In the Brasis em Traços series, I brought to life 15 illustrations that celebrate the journey of great Brazilian scientists and public health experts, heroes who dedicated their lives to public health. These figures are recognized worldwide for their contributions, which paved the way for solutions to disease vectors and cures for diseases that, in their time, decimated entire populations.

With unwavering determination and a pioneering spirit, these men and women faced unimaginable challenges. They crossed hostile territories, from indigenous villages to the most remote towns in the interior, as well as major cities ravaged by plagues and epidemics. Relentlessly, they brought hope and science to every corner of Brazil, venturing into the unknown and changing the history of public health with their discoveries.

These public health experts not only faced adversity; they opened doors to a legacy of transformation and resilience. Their lives were dedicated to the greater cause of saving and improving lives, writing a narrative of courage and altruism that will never be erased.

This work was created with deep admiration and respect for Nova Analítica, as an eternal tribute to these names that are true cornerstones of Brazilian science. May their stories echo through generations, inspiring new minds to continue this legacy of greatness and humanity.


Oswaldo Cruz

Oswaldo Cruz Por Lu Paternostro

Oswaldo Cruz foi o sanitarista que transformou a saúde pública no Brasil. No início do século XX, enfrentou epidemias de febre amarela, varíola e peste bubônica no Rio de Janeiro, liderando campanhas de vacinação e saneamento que reformaram a cidade. À frente do Instituto Oswaldo Cruz, consolidou o Brasil como referência em pesquisa biomédica. Apesar da resistência popular, especialmente durante a Revolta da Vacina, Cruz persistiu e transformou a saúde do país. Seu legado vive na Fiocruz, uma das maiores instituições científicas da América Latina.

Oswaldo Cruz
Oswaldo Cruz was one of Brazil’s most influential public health figures, playing a pivotal role in combating the yellow fever, smallpox, and bubonic plague epidemics in Rio de Janeiro in the early 20th century. As director of the Oswaldo Cruz Institute, Cruz led groundbreaking research in bacteriology and implemented public health measures like mass vaccinations and sanitation projects. His leadership turned Rio de Janeiro into a model of public health for Latin America. Cruz’s legacy lives on through the Fiocruz Institute, a leading scientific institution in Brazil.

Instituto Oswaldo Cruz Ilustração por Lu Paternostro

Instituto Oswaldo Cruz – Fiocruz |Oswaldo Cruz – Fiocruz Institute | Lu Paternostro

Adolfo Lutz

Adolfo Lutz Por Lu Paternostro

Adolfo Lutz foi um dos maiores cientistas brasileiros, reconhecido mundialmente por suas contribuições à entomologia, parasitologia e saúde pública. Pioneiro no estudo de vetores de doenças como malária e febre amarela, suas descobertas moldaram a entomologia médica no Brasil. Além disso, Lutz descreveu novas espécies de anfíbios, reforçando o valor da biodiversidade brasileira. Seu trabalho não apenas ampliou o conhecimento científico, mas também impactou diretamente as políticas públicas de saúde, salvando incontáveis vidas. Com espírito incansável, ele inspirou gerações de pesquisadores e consolidou a ciência brasileira como referência internacional.

Adolfo Lutz
Adolfo Lutz was one of the greatest Brazilian scientists, internationally recognized for his contributions to entomology, parasitology, and public health. A pioneer in the study of disease vectors such as malaria and yellow fever, his discoveries shaped medical entomology in Brazil. Additionally, Lutz described new species of amphibians, emphasizing the value of Brazilian biodiversity. His work not only expanded scientific knowledge but also directly impacted public health policies, saving countless lives. With tireless spirit, he inspired generations of researchers and established Brazilian science as an international reference.

Instituto Adolfo Lutz

Instituto Adolfo Lutz |Adolfo Lutz Institute |Lu Paternostro

Aggeu Magalhães

Aggeu Magalhães Por Lu Paternostro

Aggeu Magalhães dedicou sua vida à saúde pública, transformando Pernambuco em um centro de referência no combate a doenças endêmicas. À frente do Serviço de Saneamento e Profilaxia, liderou campanhas contra a malária e esquistossomose, integrando ciência e ação social. Fundador do Instituto Aggeu Magalhães, ele contribuiu para o desenvolvimento de pesquisas e formou gerações de médicos. Sua atuação incluiu a criação de bancos de sangue e políticas inovadoras em saúde. Magalhães não apenas combateu doenças, mas também moldou o futuro da saúde pública brasileira com visão e coragem.

Aggeu Magalhães

Aggeu Magalhães was a Brazilian physician and public health expert who played a pivotal role in the development of public health in Brazil, especially in Pernambuco. He led efforts to combat endemic diseases such as malaria and schistosomiasis, implementing vector control measures and promoting hygiene. As a professor, he contributed to the training of many doctors and researchers. Magalhães was also instrumental in founding the Aggeu Magalhães Institute, a key center for research on tropical diseases.

Arthur Neiva

Arthur Neiva Por Lu Paternostro

Arthur Neiva foi um gigante na saúde pública brasileira, contribuindo de forma decisiva para o combate a doenças tropicais como febre amarela, malária e doença de Chagas. Sua pesquisa pioneira em entomologia desvendou vetores de enfermidades e trouxe soluções práticas para o controle de epidemias. Além do trabalho científico, Neiva teve papel crucial na gestão pública, fundando o Instituto Biológico de São Paulo e criando o primeiro Código Sanitário do Brasil. Suas expedições pelo interior brasileiro ampliaram o conhecimento sobre biodiversidade e saúde em regiões remotas. Sua trajetória é exemplo de dedicação e impacto na melhoria da qualidade de vida da população.

Arthur Neiva
Arthur Neiva was a key figure in the development of public health in Brazil. He dedicated much of his career to the study and control of tropical diseases such as yellow fever, malaria, and Chagas disease. Neiva’s pioneering research on disease vectors significantly contributed to the development of control and prevention strategies. He also created the São Paulo Biological Institute and was involved in the creation of Brazil’s first sanitation code. His work has left a lasting legacy in both scientific research and public health.

Bertha Lutz

Berta Lutz Por Lu Paternostro

Bertha Lutz foi uma mulher à frente de seu tempo, unindo ciência e ativismo para transformar o Brasil. Como bióloga, destacou-se no estudo de anfíbios, catalogando espécies e preservando o acervo de Adolfo Lutz. Paralelamente, liderou o movimento feminista no Brasil, conquistando o voto feminino e promovendo igualdade de gênero. Eleita deputada federal, lutou por leis trabalhistas que favorecessem as mulheres. Seu legado inspira não apenas cientistas, mas também gerações de mulheres que continuam sua luta por direitos e justiça social. Bertha é um símbolo de coragem e transformação.

Bertha Lutz
Bertha Lutz was a pioneering Brazilian biologist and feminist. She is celebrated for her work in amphibian biology and for preserving the scientific legacy of her father, Adolfo Lutz. Lutz played a central role in the women’s suffrage movement in Brazil, founding the Brazilian Federation for Women’s Progress and influencing the inclusion of gender equality in the United Nations Charter. Elected as a federal deputy, she fought for better labor laws for women and is known as the “mother of Brazilian feminism.”

Carlos Chagas

Carlos Chagas Por Lu Paternostro

Carlos Chagas foi o cientista que revolucionou a medicina ao descobrir a doença de Chagas, descrevendo seu ciclo completo, do agente causador ao vetor e sintomas. Ele liderou o Instituto Oswaldo Cruz, ampliando pesquisas sobre doenças tropicais e fortalecendo a saúde pública no Brasil. Sua contribuição foi tão marcante que o reconhecimento ultrapassou fronteiras, consolidando-o como referência global em parasitologia. Suas ações impactaram milhões de vidas, elevando o padrão da ciência e da medicina tropicais. Chagas é um exemplo de pioneirismo, dedicação e impacto social.

Carlos Chagas
Carlos Chagas was one of Brazil’s most brilliant scientists, best known for his discovery of Chagas disease, a parasitic illness that affects millions, particularly in Latin America. His groundbreaking work also laid the foundation for tropical medicine in Brazil, and he led the Oswaldo Cruz Institute, a renowned research center. Chagas’ efforts in controlling diseases like malaria and yellow fever were instrumental in improving public health in Brazil and internationally, making him a global reference in parasitology and medicine.

Evandro Chagas

Evendro Chagas Por Lu Paternostro

Evandro Chagas dedicou-se à pesquisa das doenças tropicais, com foco especial na Amazônia. Fundador do Instituto de Patologia Experimental do Norte, posteriormente renomeado em sua homenagem, liderou estudos sobre malária, leishmaniose e febre amarela. Sua visão inovadora contribuiu para o diagnóstico e controle de enfermidades, promovendo saúde em uma região historicamente negligenciada. Além de sua atuação científica, formou profissionais e desenvolveu tecnologias essenciais para a saúde pública. Seu trabalho fortaleceu a pesquisa na Amazônia, deixando um legado de esperança e progresso.

Evandro Chagas
Evandro Chagas was a visionary scientist dedicated to studying tropical diseases in the Amazon region. He founded the Northern Experimental Pathology Institute, later renamed in his honor, and led groundbreaking research on malaria, yellow fever, and leishmaniasis. Chagas’ work contributed to the development of diagnostic tools and treatments for tropical diseases, and he played a significant role in forming a new generation of researchers. His legacy continues to influence public health and scientific research in the region.

Instituto Evandro Chagas

Instituto Evandro Chagas | Evandro Chagas Institute | Lu Paternostro

Emanuel Dias

Ezequiel Dias Por Lu Paternostro

Ezequiel Caetano Dias foi um visionário que revolucionou a saúde pública em Minas Gerais. Como diretor da filial do Instituto Oswaldo Cruz, liderou a produção de vacinas e soros para combater doenças infecciosas. Ele não apenas enfrentou problemas de saúde pública, mas também formou gerações de cientistas e ajudou a fundar a Faculdade de Medicina de Belo Horizonte. Após sua morte, sua contribuição foi eternizada na Fundação Ezequiel Dias (Funed), que continua sendo um pilar da pesquisa e inovação na saúde pública brasileira. Seu trabalho é um exemplo de impacto duradouro.

Ezequiel Caetano Dias
Ezequiel Caetano Dias was a crucial figure in the development of science and public health in Brazil, particularly in Minas Gerais. He became a leading researcher at the Oswaldo Cruz Institute, focusing on rural health problems such as scorpions, foot-and-mouth disease, and Chagas disease. Dias also helped establish the Faculty of Medicine in Belo Horizonte and was involved in producing vaccines and serums. His work laid the foundation for the state’s growth as a hub for medical research, and his legacy is perpetuated by the Ezequiel Dias Foundation.

Gonçalo Moniz

Gonçalo Moniz Por Lu Paternostro

Gonçalo Moniz foi um marco na saúde pública baiana e na formação médica no Brasil. Como professor e pesquisador, dedicou-se a estudar doenças infecciosas como a peste bubônica e a tuberculose, criando o primeiro laboratório de pesquisa na Bahia. Durante a epidemia de gripe espanhola, liderou ações de combate que salvaram milhares de vidas. Fundador do Instituto Bacteriológico, que hoje leva seu nome, Moniz não apenas enfrentou epidemias, mas também formou gerações de médicos e cientistas. Sua visão transformou a saúde pública e elevou a pesquisa médica no estado.

Gonçalo Moniz
Gonçalo Moniz was a key figure in public health and medical education in Bahia. A researcher, educator, and manager, Moniz founded the first research laboratory on infectious diseases in Bahia, focusing on diseases like bubonic plague and tuberculosis. He also directed important healthcare institutions and led the fight against the Spanish flu epidemic in Bahia. His dedication to scientific research and medical education made a lasting impact on the state’s public health system, and his legacy continues through the Gonçalo Moniz Foundation.

Henrique Rocha Lima

Henrique Rocha Lima Por Lu Paternostro

Henrique da Rocha Lima foi o desbravador que descobriu a bactéria Rickettsia prowazekii, agente causador do tifo exantemático, uma das maiores ameaças à saúde no início do século XX. Suas pesquisas em microbiologia, realizadas em meio à Primeira Guerra Mundial, desafiaram paradigmas e abriram caminhos para avanços no diagnóstico e no controle da doença. Embora tenha enfrentado o descaso inicial da comunidade científica, sua obra foi reconhecida mundialmente como essencial para a saúde pública. Rocha Lima é um exemplo de dedicação e superação na busca pelo conhecimento.

Henrique da Rocha Lima
Henrique da Rocha Lima was a Brazilian scientist renowned for his discovery of the bacteria Rickettsia prowazekii, the causative agent of epidemic typhus. His research, conducted during World War I, was groundbreaking in microbiology, offering new insights into the transmission and pathology of the disease. Despite facing initial recognition challenges, Rocha Lima’s work became a cornerstone in the development of public health strategies for controlling infectious diseases. His legacy is honored globally as one of the most significant discoveries in microbiology.

Maria Deane

Maria Deane Por Lu Paternostro

Maria Deane foi uma pioneira da parasitologia no Brasil, com estudos fundamentais sobre leishmaniose, malária e doença de Chagas. Entre suas descobertas, destacou-se a descrição do ciclo de multiplicação do Trypanosoma cruzi em gambás, que revolucionou a epidemiologia da doença. Mais do que pesquisadora, Maria foi uma educadora visionária, consolidando instituições e formando novas gerações de cientistas. Sua dedicação à ciência e seu compromisso com a saúde pública continuam a inspirar mulheres na ciência e profissionais da área, deixando um legado inestimável.

Maria Deane
Maria Deane was a pioneering Brazilian parasitologist, known for her significant contributions to the study of visceral leishmaniasis, malaria, and Chagas disease. Her discovery of the dual multiplication cycle of Trypanosoma cruzi in opossums was key to understanding the epidemiology of Chagas disease. In addition to her research, Maria Deane was a passionate educator, training new generations of scientists. Her work in establishing research centers and mentoring students has left an indelible mark on Brazilian science and public health.

Noel Nutels

Noel Nutel Por Lu Paternostro

Noel Nutels foi um médico e defensor incansável dos direitos dos povos indígenas. Atuou em regiões remotas, levando assistência médica a comunidades vulneráveis, denunciando abusos e defendendo a preservação de culturas e territórios. Sua participação na Expedição Roncador-Xingu foi fundamental para a criação do Parque Indígena do Xingu. Idealizou o Serviço de Unidades Sanitárias Aéreas (SUSA), que ampliou o acesso à saúde na Amazônia. Nutels é lembrado por sua coragem e compromisso com a justiça social, sendo um dos maiores humanistas da história da saúde pública brasileira.

Noel Nutels
Noel Nutels was a Brazilian physician and indigenous rights advocate. Originally from Ukraine, he dedicated his career to providing medical care to indigenous communities in Brazil and defending their rights. Nutels played a critical role in the Roncador-Xingu Expedition, which led to the creation of the Xingu Indigenous Park. He also founded the Aerial Sanitary Units Service (SUSA), taking healthcare to remote areas of the Amazon. Nutels’ work continues to inspire efforts to protect indigenous cultures and promote justice in Brazil.

Rene Guimarães Rachou

Rene Guimarães Rachou Por Lu Paternostro

René Rachou dedicou sua vida ao combate às doenças tropicais, especialmente à malária, tornando-se uma referência na área. Liderou estratégias inovadoras de controle, como o uso de inseticidas e drenagem de áreas alagadas, reduzindo drasticamente a incidência da doença. Fundou o Instituto René Rachou, em Minas Gerais, que até hoje é um pilar na pesquisa de doenças tropicais e formação de cientistas. Rachou não apenas melhorou a saúde pública, mas também expandiu os horizontes da ciência brasileira, deixando um legado duradouro para o país.

René Rachou
René Rachou was a prominent Brazilian medical researcher and public health expert, particularly known for his contributions to the control of malaria. Rachou played a major role in reducing malaria incidence in Brazil by developing strategies such as the use of insecticides and draining stagnant water. He founded the René Rachou Research Center, which continues to be a major hub for research on tropical diseases. Rachou’s work also focused on diseases like schistosomiasis and Chagas disease, leaving a lasting impact on public health and scientific research in Brazil.

Rosemary Costa Pinto

Rosemay Costa Pinto Por Lu Paternostro

Rosemary Costa Pinto é um símbolo de resiliência e excelência na saúde pública. Cofundadora da Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas, foi fundamental no combate à Covid-19, liderando iniciativas em um dos períodos mais desafiadores da história recente. Com vasta experiência em epidemiologia e saúde coletiva, formou gerações de profissionais e recebeu honrarias por sua contribuição ao bem-estar da população. Rosemary representa a força e a determinação necessárias para enfrentar crises sanitárias e promover avanços na saúde.

Rosemary Costa Pinto
Dr. Rosemary Costa Pinto was an essential figure in Brazil’s response to the COVID-19 pandemic. With extensive experience in health surveillance, she provided invaluable leadership during the early uncertainty of the virus. Costa Pinto co-founded the Health Surveillance Foundation of Amazonas and played a crucial role in epidemiology and public health policy. Her work earned her prestigious honors, reflecting her dedication to improving public health and education in Brazil.

Vital Brasil

Vital Brasil Por Lu Paternostro

Vital Brazil foi um visionário que transformou a saúde pública no Brasil ao criar o soro antiofídico, salvando incontáveis vidas ameaçadas por picadas de cobra. Fundador do Instituto Butantan, dedicou-se à produção de soros e vacinas, consolidando o país como referência em imunologia. Além disso, suas pesquisas abarcavam venenos de outros animais peçonhentos e doenças como tétano e varíola. Vital Brazil também foi um educador e defensor da ciência acessível, levando conhecimento às comunidades mais remotas. Seu legado permanece como exemplo de inovação e humanidade.

Vital Brazil
Vital Brazil was a pioneering Brazilian scientist, best known for creating the first antivenom for snakebites. As the founder of the Butantan Institute, he revolutionized the production of vaccines, serums, and other biological products that saved countless lives. Brazil became a global reference in immunology and biotechnology due to his research and leadership. In addition to his work on venomous animals, Vital Brazil also contributed to the fight against diseases like tetanus and smallpox. His legacy as a champion of public health and science continues to inspire generations.

Instituto Vital Brazil

Instituto Vital Brazil |Vital Brazil Institute Lu Paternostro

Imagens por Lu Paternostro. Proibido a reprodução sem autorização prévia da artista.



Discover the series of Lu Paternostro scarves, in special packages, limited editions. Exclusive and unique accessories| Conheça a série de lenços e echarpes de Lu Paternostro assinados, em embalagens especiais, tiragens limitadas. Assessórios exclusivos e únicos.


Livro Brazílske Legendy | Lendas Brasileiras

Ilustrações de capa e internas de Lu Paternostro

Um livro de Lendas do Brasil para o Leste Europeu

Por ocasião do Festival Literário da cidade de Žilina – Eslováquia, aconteceu o workshop de pré-lançamento do 1° livro de lendas brasileiras bilíngue Livro Brazílske Legendy | Lendas Brasileiras, da autoria de Regina Guerra. O evento contou com a participação do Exmo. Sr. Embaixador Eduardo Gradilone e da Exma. Sra Embaixatriz Diva Cristina Gradilone. O livro Brazìlske Legendy | Lendas Brasileiras foi editado pelo Instituto Português, com o apoio da Embaixada do Brasil na Eslováquia.

A tradutora Júlia Jellúšová conversou sobre sua experiência na tradução do livro e contou algumas das lendas. As crianças ouviram com grande atenção e curiosidade, pois, além das lendas serem um mundo fantástico a parte, foi contada a história, também, sobre as ilustrações que foram feitas por Lu Paternostro, e que as imagens que iam pintar vieram do Brasil até a Eslováquia! Elas atravessaram o Atlântico! Isso dá mais “sabor” aos desenhos, que têm bastante detalhes e que as crianças gostam!!

O livro conta a história de 8 personagens, muito famosos, de nosso rico repertório de lendas brasileiras: a Iara, ou a sereia brasileira, que vive em nossos rios, encantando navegantes e pescadores; o Boto Cor de Rosa, um personagem intrigante, mais frequentemente encontrado na Região Norte do país, que ai encanta as mulheres que ficam nas beiras do rio e do mar; o Curupira, um típico protetor das selvas, que engana seus perseguidores com seus pés invertidos; o Saci, ou vários Sacis, uma turminha de moleques malandros, que aprontam com a gente que não acredita neles; o Boitatá, a cobra que se reveste de fogo para proteger a floresta dos homens destruidores; a Mula sem Cabeça, que, em sua história dramática, ensina o poder da coragem e do amor de uma mãe por sua filha; a Sucuri, a cobra de verdade, mas um tanto quanto mística, cheias de lendas, que protege as selvas amazônicas, e a história do Papagaio e do Tamanduá, que fala de justiça e conta porquê o bico dessa ave é torto e de suas cores serem tão vivas e diversas.

Além da ilustração de capa e das personagens das lendas, o livro é ilustrado por desenhos de crianças eslovacas, que interpretam os temas das lendas.

O livro Brazìlske Legendy | Lendas Brasileiras foi editado pelo Instituto Português, com o apoio da Embaixada do Brasil na Eslováquia.

Ilustrações de Lu Paternostro feitas para as crianças pintarem no livro e nas oficinas de arte.

Crianças eslovacas fazem arte inspirada nos personagens das lendas do Brasil

O workshop de lançamento do livro teve a participação de crianças de 2 a 13 anos! As crianças ouviram as lendas, receberam estímulos visuais diversos dos personagens, pintaram, desenharam, colaram, criaram texturas imaginaram as histórias! Uma das atividades era a de colorir os desenhos feitos por Lu Paternostro e uma forma de ver as imagens, que são complexas, em formas mais simples!

O Livro Brazílske Legendy | Lendas Brasileiras será distribuido pela Embaixada do Brasil na Eslováquia à instituições locais, escolas e autoridades. Pode também ser comprado no Instituto Pottugês.



Discover the series of Lu Paternostro scarves, in special packages, limited editions. Exclusive and unique accessories| Conheça a série de lenços e echarpes de Lu Paternostro assinados, em embalagens especiais, tiragens limitadas. Assessórios exclusivos e únicos.


Projeto Expográfico Fotográfico “Recortes de Manaus”

Uma exposição de fotos de detalhes de Manaus acontecendo de forma permanente pelos corredores de apartamentos, esse é o projeto “Recortes de Manaus”, exposição fotográfica permanente que junto com os 8 painéis temáticos ilustrados de Lu Paternostro, o “Grande Pássaro”, painel de 17 metros do hall de entrada e recepção do hotel e mais o a decoração temática do Bar Orquídea, com o tema do filme FitzCarraldo e desenhos da cultura local, fazem com que o Manaus Airport Hotel passe a ser o “mais amazônida” dos hotéis do estado.

Era essa a proposta para a criação de um Projeto Expografico integrando todas áreas do hotel.

A exposição “Recortes de Manaus” é uma exposição fotográfica permanente, com fotos de Lu Paternostro e do fotografo Sergio Fecuri.

A proposta é encantar o hóspede de qualquer lugar do mundo, com fotos e recortes fotográficos em grandes formatos, inserindo o visitante nos temas específicos da região, levando-o a conhecer os monumentos e estátuas de Manaus, a fauna e flora da Amazônia, com botos que parecem, de tão realistas, nadar dentro das paredes, ou a onça pintada, enorme, que observa a cada pessoa que passa.

Além da fauna e natureza local, é contemplado a borracha e o processo artesanal de produção, o artesanato, a arquitetura famosa e detalhes que poucos observam delas, como inscrições antigas e que só um olhar muito atento, encontra escondido por uma cidade um tanto quanto caótica. Maquinários, datas e tantos outros detalhes, mostram um pouco da história da cidade e da região.

Para quem visita o hotel, se sente mais próximo do destino, levando para si, um pouco de sua alma, muitas vezes, sem poder visitar pessoalmente. São mais de 40 imagens que possibilitam ao visitante fazer essa “viagem dentro da viagem”.


Banner-criptoart-lupaternostro
Buy Lu Paternostro’s artworks in Crypto Coin at OpenSea | Compre as obras de Lu Paternostro em Cripto Moeda no OpenSea.

O projeto contempla ainda uma placa descrevendo o tema e um QR Code para um exposição online.

Ilustração Sírios Libaneses e a Dança Dabke. Série Imigrantes Brasileiros.

Uma dança folclórica da Palestina, Líbano e Síria. Dabke significa “sapateado”. Podem participar de 6 a 15 dançarinos e dançarinas.

Ilustração "Sírios Libaneses e a Dança Dabke", da série "Imigrantes Brasileiros. 
 Copyright Lu Paternostro. Proibida cópia, uso ou reprodução desta imagem sem a autorização da artista.
Ilustração “Sírios Libaneses e a Dança Dabke”, da série “Imigrantes Brasileiros.
Copyright Lu Paternostro. Proibida cópia, uso ou reprodução desta imagem sem a autorização da artista.
bt-compre-esta-imagem-aqui

A Dança Dabke

O povo Sírio e o Libanês, são cheios de histórias muito antigas, tradições e a religião presente na sua vida, na sua arte, música. Inseriram várias palavras em nosso vocabulário, e nos influenciou com sua rica gastronomia típica, que agora pode-se dizer “brasileira”, como a esfirra, o quibe, a qualhada, o labne (qualhada seca), o homus (pasta de grão de bico) e tantas outras que já se incorporaram na nossa cozinha e gosto. E sabem ser mestres na arte do comércio, trazendo toda sua tradição secular e cultural de comerciantes para nossas cidades, principalmente a cidade de São Paulo, na rua 25 de março e bairros como Bom Retiro e Brás, dentre outros. 

Na dança, a mais conhecida para nós, é a dança do ventre, porém, seguindo a linha de trazer temas mais tradicionais das culturas, procurei uma dança mais típica e histórica, escolhendo a representação folclórica da dança Dabke.



Para os árabes, a dança é uma importante expressão artística e a Dabke é uma das mais representativas, é dançada na época da primavera, estação das chuvas, ou em casamentos na época das  colheitas.

Dabke significa “sapateado”. Podem participar de 6 a 15 dançarinos e dançarinas.

Representa, de forma geral, o ato de amassar o barro: acredita-se que possa ter originado da necessidade de se consertar as casas que, antigamente, eram feitas de pedra e lama, com seus tetos de madeira, palha e lama. Com o passar do tempo, a camada de palha e lama se quebrava e, para não infiltrar a água da chuva dentro das casas, estas eram reparadas com lama molhada.

sirio-libaneses
sirio-libaneses
sirio-libaneses
sirio-libaneses

Para fazê-la o povo se unia e ia umedecendo a lama e pisoteando-a, um trabalho que exigia a presença de muita gente da comunidade e levava muito tempo. Os vizinhos se ajudavam: se alinhavam, agarravam as mãos e avançavam um passo e pisoteavam, depois dava um passo à direita e pisoteavam novamente. Isso foi dando início a uma coreografia.

Durante esse processo, cantavam poesias e dançavam ao ritmo delas, dando um passo à frente, um pisoteio e um passo à direita e outro pisoteio. Com tempo o ato começou a se enraizar e começaram a chegar os instrumentos, dando origem à dança e à música do dabke.

Por ser de origem campesina, não se usam muitas cores, e sim trajes mais simples. Porém, nas danças apresentadas por grupos para folclóricos, feitas para apresentações em palco, normalmente as vestimentas são mais enfeitadas, coloridas e até, um pouco, descaracterizadas. Mas isso é parte da apresentação.  


Discover the series of Lu Paternostro scarves, in special packages, limited editions. Exclusive and unique accessories| Conheça a série de lenços e echarpes de Lu Paternostro assinados, em embalagens especiais, tiragens limitadas. Assessórios exclusivos e únicos.


Em minhas ilustrações,  gosto de usar as cores vivas. Aqui, respeitando as vestimentas mais sóbrias em sua origem, ao fundo, resolvi explodir os tons laranjas vivos e quentes, deixando as figuras mais suaves em destaque.

O Narguilé

Em primeiro plano, por ser um objeto bem detalhado e, em algumas versões, bastante coloridos e enfeitados, coloquei a imagem de um narguilé, um cachimbo de água, utilizado para fumar tabaco aromatizado, dentre outros tipos de fumo.

Seu nome é de origem persa e é utilizado em muitos países do mundo, em especial no Norte da África, Oriente Médio e Sul da Ásia. Têm-se espalhado, recentemente, para a Europa e Américas.


____________

Por Lu Paternostro

NOTA LEGAL: Proibida a reprodução total ou parcial sem autorização expressa dos autores.

Ilustração Africanos Sudaneses e a Dança dos Orixás. Série Imigrantes Brasileiros.

Os Sudaneses, não estamos falando dos habitantes do país Sudão, mas o povo de uma grande região da África, a costa central-ocidental, são considerados uma nação, um grupo étnico cultural, ou seja, falavam quase a mesma língua, possuem os mesmos hábitos e religiões semelhantes. Foram eles que trouxeram para o Brasil, o candomblé.

Ilustração "Africanos Sudaneses e a Dança dos Orixás", da série "Imigrantes Brasileiros. 
 Copyright Lu Paternostro. Proibida cópia, uso ou reprodução desta imagem sem a autorização da artista.
Ilustração “Africanos Sudaneses e a Dança dos Orixás”, da série “Imigrantes Brasileiros.
Copyright Lu Paternostro. Proibida cópia, uso ou reprodução desta imagem sem a autorização da artista.
bt-compre-esta-imagem-aqui

Junto com os Bantos, que foram os primeiros a chegar aqui, formam os dois maiores grupos de escravizados que vieram para o Brasil. Com o tempo vieram negros de outras regiões, mas estes foram os que mais influenciaram nossa cultura.   

Ambas as culturas, Bantos e Sudaneses, acreditavam em várias entidades, como os orixás (para os Bantos, os inquices). Acima deles, estava o Deus supremo, a entidade suprema que tudo cria. Para os Sudaneses essa entidade máxima chama-se Olorum e para os Bantos, caham-se Zambi. Mesma realidade com nomes diferentes.

Os Sudaneses trouxeram para o Brazil o Candomblé.

Candon significa tambor. Candongueiro é o escravo que tocava o tambor na língua iorubá, dos Sudaneses. O Candongueiro era, também, uma espécie de “dedo-duro”: quando os escravos estavam trabalhando numa lavoura, por exemplo, o candongueiro, percebendo o feitor distraído, tocava o tambor num ritmo específico que os escravos já entendiam que eles poderiam fugir. E se a fuga fosse descoberta, o candongueiro mudava o ritmo e os escravos se continham, pois eles haviam sido descobertos.



O Candomblé não tem um livro sagrado, mas narrativas, ou itãs.

Na narrativa de um Itan, a criação do mundo é mais ou menos assim: Não havia separação entre os deuses ou o Deus supremo, Olorun, e os homens, nem entre o céu e a terra. Um dia, um homem tocou o Orun, que é o céu, com as mãos sujas. Olorum (Deus supremo) ficou indignado e soprou forte, e com esse sopro, ele separou o céu (Orun) da Terra (Aiyê).

No Orun, no céu, nós temos o panteão, onde habitam os orixás, entidades divinas que nunca tiveram existência na terra, criados por Olorum, e os eguns, homens que tiveram existência na terra e que são os nossos antepassados.

A união entre os dois espaços, o céu, Orun e a Terra, Aiyê, acontece dentro do culto ou no terreiro de Candomblé. No Brasil temos 12 divindades mais populares, e, no terreio, eles ficam no panteão dos orixás, no centro, onde os vemos dançando, incorporados nos médiuns.

Cada um tem um nome, símbolos que o representam, suas personalidades forças e poderes, suas cores, colares de contas com combinação de cores especificas, dias da semana e, no sincretismo, os santos católicos que os representam, dentre outras características. Cada um tem um tipo de oferenda e de música.

As oferendas, dadas aos orixás, específicas para cada orixás, é uma forma da pessoa se realinhar com eles, com o céu, com a Terra, a Orun. É o dar e receber.

Embora seja uma religião monoteísta, os Orixás, que estão diretamente ligados a Olorun como emissários, entidades espirituais representantes do Deus supremo, tem seu espaço dentro da criação e se conectam mais fortemente aos anseios dos homens e mulheres devotos, recebendo mais destaque. Olorun acaba ficando oculto, abstrato, e até esquecido, mas é super respeitado no mais íntimo de cada homem. Olorun, o Deus supremo, encarregou um Orixá, Oxalá, da criação dos homens, do mundo.

No Candomblé, temos 3 forças essenciais: o Iva, ou a criação, o Axé, que faz a criação desabrochar e Obá que dá um destino, um rumo certo para a criação.

Como gosto de desenhar as danças tradicionais dos povos, resolvi representar a Danças dos Orixás, na verdade um pequeno momento do que é o ritual e seu movimento.

Minha vontade aqui foi de criar um desenho muito colorido, com tons bem característicos do Brasil, com cores fortes, vivas e quentes.

Os orixás são muito detalhados em suas vestimentas e isso dá uma boa chance de os brindarmos com formas ricas, profusas, muitas cores e movimento!

No desenho, o tocador de tambor é uma figura que simboliza o ritmo do Candomblé.

Na composição resolvi usar dois orixás, pois queria mais destaques de detalhes a eles. A escolha foi baseada nas suas cores predominantes, suas formas.

No primeiro plano está Oxum, a Deusa das águas doces, dos rios, das fontes, dos lagos. A deusa do ouro, da fecundidade, do jogo de búzios e do amor. Leva um espelho em suas mãos. Maternal, tranquila, quieta. Cuida, flui. Sua cor, o amarelo ouro, intercalado aqui com as minhas cores quentes. No sincretismo católico, é representada por  Nossa Senhora da Conceição, Nossa Senhora Aparecida e Nossa Senhora das Candeias.


Discover the series of Lu Paternostro scarves, in special packages, limited editions. Exclusive and unique accessories| Conheça a série de lenços e echarpes de Lu Paternostro assinados, em embalagens especiais, tiragens limitadas. Assessórios exclusivos e únicos.


Mais atrás, com a predominância dos verdes, Oxóssi, deus da caça, é o patrono do Candomblé Brasileiro. Seu elemento são as florestas. Usa um pequeno arco associado a uma flecha em suas mãos.

No sincretismo católico, São Jerônimo, Santo Antônio, São Pedro, São João Batista, São José e São Francisco de Assis.

Oxalá está presente como símbolos. Oxalá é o criador do homem, o Deus da Criação, e pode ser representado como jovem ou velho. Seu elemento é o ar. Seu símbolo, aqui posicionado no centro da imagem, é Oparoxó (cajado de alumínio com adornos). No sincretismo católico, tem sua representação em Jesus Cristo. A pomba, que também o representa, é uma de suas oferendas.

Para alinhar com todos e sua profusão de cores, instrumentos musicais flutuam no fundo da imagem.  Um universo de ritmos, sabores, cores, emoção e fé.

______________

Lu Paternostro

NOTA LEGAL: Proibida a reprodução total ou parcial sem autorização expressa dos autores.

Ilustração Africanos Bantus e o Jongo. Série Imigrantes Brasileiros.

A África é chamada de “O Continente Negro”, onde se acredita que se deu a origem da raça humana. Um espaço geográfico de culturas, etnias e línguas muito variadas, nunca sendo caracterizada por uma cultura homogênea, em termos humanos ou culturais. 

Ilustração "Africanos Bantus e o Jongo", da série "Imigrantes Brasileiros. 
 Copyright Lu Paternostro. Proibida cópia, uso ou reprodução desta imagem sem a autorização da artista.
Ilustração “Africanos Bantus e o Jongo”, da série “Imigrantes Brasileiros.
Copyright Lu Paternostro. Proibida cópia, uso ou reprodução desta imagem sem a autorização da artista.
bt-compre-esta-imagem-aqui

Aganju, Xangô
Alapalá, Alapalá, Alapalá
Xangô, Aganju

O filho perguntou pro pai:
“Onde é que tá o meu avô
O meu avô, onde é que tá?”

O pai perguntou pro avô:
“Onde é que tá meu bisavô
Meu bisavô, onde é que tá?”

Avô perguntou bisavô:
“Onde é que tá tataravô
Tataravô, onde é que tá?”

Tataravô, bisavô, avô
Pai Xangô, Aganju
Viva egum, babá Alapalá!

Aganju, Xangô
Alapalá, Alapalá, Alapalá
Xangô, Aganju

Alapalá, egum, espírito elevado ao céu
Machado alado, asas do anjo Aganju
Alapalá, egum, espírito elevado ao céu
Machado astral, ancestral do metal
Do ferro natural
Do corpo preservado
Embalsamado em bálsamo sagrado
Corpo eterno e nobre de um rei nagô
Xangô

Babá Alapalá.
Gilberto Gil

_____________

Africanos Bantus e o Jongo

Num passado não tão remoto, comparado com a história da África, alguns povos vindos de Angola, do Congo, de Moçambique, da Nigéria e de outras partes do Continente Negro, atravessaram o Atlântico e foram parar no Brasil. A maior parte dos negros escravizados que vieram trazidos para o Brasil eram de etnias bantas (Congo, Benguela, Cabinda, Angola, Angico etc.), sendo os primeiros que chegaram, vindos a costa ocidental africana.

Entre as etnias africanas, existem nuances, ficando muito difícil falar sobre elas, ainda de uma forma específica! Mas, o que é objetivo, é que estes povos trouxeram para o Brasil  grande parte da riqueza cultural que hoje temos aqui – Muito do nosso vocabulário atual tem origem banta, de nossa gastronomia, frutas, vegetais, cultura e muitas coisas mais!

No campo da música, os bantos forneceram grande parte do ritmo que caracteriza a música brasileira. O gosto dos bantos pelos batuques, atabaques e instrumentos de percussão se refletiu em gêneros musicais como o samba, a bossa nova, o coco, o maracatu, o pagode, etc



Por conta disso, quis representar uma dança, que aqui se torna, não uma dança específica, mas uma síntese simplória, por assim dizer, do movimento relacionado às danças e rituais religiosos.

Pesquisei sobe o tema das danças dos bantus, mas quase nada de específico achei disponível sobre o tema. Embora temos muitas imagens, não há identificação de ondem são ou o que representam. Parece tudo muito misturado, confuso de se entender, também, porque os africanos e sua cultura original não são nada padronizados.     

O que posso tirar, é que as tribos têm sua religiosidade misturada com sua vida diária, e a dança se confunde com a vida, que é a luta da vida, que se une com os rituais religiosos.

Na pesquisa que fiz, optei por esta dança que foi filmada no meio de uma comunidade, por parecer ser mais genuína, pé na terra, sem as “fantasias” típicas dos grupos para folclóricos*.   

Mesmo assim, recriei as suas roupas, inserindo uma enorme quantidade de elementos e cores. Desta forma quis representar a riqueza e a diversidade  desse povo, de sua vida, cultura e de sua gente e saberes.  

O que mais chama a atenção nas danças africanas, de forma geral, são os inúmeros movimentos rítmicos, quase que semelhantes e um estado de transe, transformando os corpos em ondas de movimentos quase inconcebíveis!

Procurei representar um pouco disso no movimento dos traços, no ritmo de formas que se repetem, nas texturas, nos detalhes que adquirem muitas cores, criando uma nova paleta, uma forma de agradecer a eles a riqueza que me deram.

Também a forma que encontrei de “dançar” um pouco com eles.

O Jongo

O Jongo, ou Caxambu, é um ritmo que teve suas origens na região do Congo-Angola. É uma dança profana para o divertimento, mas uma atitude religiosa permeia a festa.

Antigamente, somente os mais velhos podiam participar, ficando os mais jovens apenas observando. Também é a dança dos ancestrais, dos pretos-velhos escravos e dos cativeiros.


Discover the series of Lu Paternostro scarves, in special packages, limited editions. Exclusive and unique accessories| Conheça a série de lenços e echarpes de Lu Paternostro assinados, em embalagens especiais, tiragens limitadas. Assessórios exclusivos e únicos.


* Os grupos para folclóricos são utilizados para nos contar mais de nossa cultura tradicional ou típica, mas de uma forma mais colorida, os detalhes mais ressaltados, feitos pensando em apresentações em palcos. São como shows, mas com tema cultural.

______________

Lu Paternostro

NOTA LEGAL: Proibida a reprodução total ou parcial sem autorização expressa dos autores.

error: Conteúdo protegido!