Ilustração "Espanhóis e o Flamenco", da série "Imigrantes do Brasil". 
 Copyright Lu Paternostro. Proibida cópia, uso ou reprodução desta imagem sem a autorização da artista.
Ilustração “Espanhóis e o Flamenco”, da série “Imigrantes do Brasil”.
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Espanhóis

A presença espanhola em terras brasileiras acontece desde o início da colonização do Brasil, durante a União Ibérica. Entre 1580 e 1640, muitos espanhóis se estabeleceram no país gerando famílias “quatrocentonas”, muitas delas descendentes dos pioneiros Bandeirantes. 

Portanto a presença espanhola em terras brasileiras é muito antiga, sendo um de seus representantes de grande importância para a História de São Paulo, o jesuíta José de Anchieta que, em 1554, contribuiu para a fundação da cidade. 

Mais de 750 mil espanhóis entraram no Brasil a partir do fim do século XIX até os anos 1960.

A primeira e mais numerosa leva de imigrantes espanhóis, até os anos 1930, dirigiu-se, principalmente, para o campo, atraídos pelas oportunidades de trabalho nas fazendas de café do interior do estado paulista, em regime de colonato e, assim, substituir a mão de obra escrava. Mas os que vieram depois da Guerra Civil Espanhola (1936-1939) e da Segunda Guerra Mundial (1939-1945) encontraram nas cidades e nas indústrias as maiores oportunidades para refazer sua vida, principalmente como mão-de-obra especializada para a indústria nascente e a siderurgia. Ganhavam pouco nas fábricas e o envolvimento de espanhóis em movimentos operários é bastante significativo: foram participantes ativos nas greves de 1917, em São Paulo.


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Na capital paulista, os espanhóis fixaram-se principalmente nos bairros da Mooca, Ipiranga, Cambuci e Brás. Municípios como São Bernardo, São Caetano e Santos também possuem importantes núcleos de imigrantes dessa nacionalidade.

As cidades de Santos, do Rio de Janeiro e de Salvador foram os principais centros de recepção dos “braceros” no Brasil. A cidade de Santos não só abrigava uma numerosa colônia espanhola, que se espraiava nas cercanias da zona portuária – o que lhe valeu, no início do século XX, o apelido de “Barcelona Brasileira”, mas também se tornou um centro de agitação e organização operárias, dominado pelos imigrantes ibéricos. Na cidade do Rio de Janeiro, os espanhóis se fixaram principalmente nas áreas centrais da cidade, inclusive na zona portuária. Lá foram amparados pelas caixas de socorro mútuo, organizações particulares mantidas pelos imigrantes mais prósperos

A imigração espanhola foi muito importante para a formação da população brasileira, sendo o terceiro maior grupo de imigrantes, depois dos italianos e portugueses, a vir para o Brasil.

Espanhóis das províncias da Galícia, Catalunha, Valência, Navarra e das cidades de Sevilha, Cadiz, Córdoba, Almeria, Granada e Málaga formam o principal grupo de imigrantes que se dirigiram ao Brasil. 

Tradições

Dos espanhóis também temos as danças e a culinária típica, com seus vinhos, massa, azeites, o tão apreciado churro.

Na culinária temos a Paella, talvez um dos pratos mais conhecidos, feito de arroz, azeite e açafrão, carne de porco e vaca que, com a popularização do prato na costa do país, foram acrescidos diversos frutos do mar, como camarão, lula, mexilhão e polvo; o Cozido Madrileño, um dos mais típicos pratos de Madrid, capital da Espanha, cuja base é o grão de bico, leva linguiça, frango, batata, acelga, repolho, vagem; o Gaspacho, uma sopa fria feita de pepino, tomate, alho; a Tortilha de Batata, típica, uma espécie de omelete, feita com ovos e batatas, havendo inclusão de ingredientes, conforme a região, como champignons, pimentão e linguiça; o Pisto, um prato feito de pimentões, tomates, ou legumes da época, acompanhado de um ovo frito.



Outro alimento típico encontrado por toda a Espanha são as Tapas, aperitivos variados para se comer conversando e bebericando, encontrado em inúmeros restaurantes da Espanha e em restaurantes espanhóis de vários locais do mundo.

A dança mais conhecida aqui no Brasil é o Flamengo, estilo musical proveniente da Região da Andaluzia, ao sul da Espanha, de grande influência árabe.

Com eles aprendemos o cultivo do centeio e da alfaia.

Uma das contribuições mais visíveis é o festival tradicional que ocorre em Recife, conhecido como Festival de Cinema Espanhol.

O Flamenco

Com seus gestos fortes, ritmos bem pontuados, com muito destaque para a figura feminina, ricamente vestida, aqui na imagem represento o Flamenco,  estilo musical proveniente da Região da Andaluzia, ao sul da Espanha, de grande influência árabe.

Como gosto muito de enfeitar as figuras com detalhes, encontrei nos leques o elemento propicio para isso!



Além da dança, tradicionalmente com as castanholas, o Flamenco é o canto, a música. A origem remonta ás culturas ciganas e mouriscas, com influencias árabes e judaicas. Originalmente, era somente o canto que passou, com o tempo, a ser acompanhado pela guitarra, palmas, sapateados e dança.

A imagem toda tem os ritmos, os movimentos profusos, e optei pelas cores quentes, da estética mais conhecida do Flamenco. Os traços soltos, voam e tudo vibra ao mesmo tempo. Os leques se mexem e deslocam a energia do fundo da imagem. Tudo é movimento, porque o Flamenco é uma dança que não para. Um desafio constante e uma riqueza inimaginável de movimentos.  

Normalmente, por serem músicas com temáticas de sofrimento, as mulheres dançam muito sérias, tendo seus semblantes pesados. Aqui a fiz sorrir, não sorriso solto, mas com um pouco mais de alegria!

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Por Lu Paternostro
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