“A Lenda do Guaraná”, de Lu Paternostro. Painel temático ilustrado 5,5 x 2,5 m.
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A Lenda do Guaraná
Neste painel, localizado no 4º andar, escolhi a Lenda do Guaraná por conter, em sua estória, belas imagens e as infinitas possibilidades gráficas que encontro nos frutos do guaraná.
A lenda conta que numa aldeia indígena, um casal teve um filho muito bonito, alegre e inteligente, querido por toda a tribo. Esta alegria que vinha da alma colorida dessa criatura, deixou seu pai, Jurupari, com ciúmes e raiva, transformando-se numa cobra. Como cobra, se pós quieto, em cima de uma bela árvore frutífera, espreitando quem por ali passava, aguardando o pequeno índio para, no momento certo, acabar com vida dele. Desta forma o menino não o incomodava mais.
Quando o menino, alegremente, foi colher um fruto daquela árvore tão bela, a cobra, seu pai, atirou-se sobre ele e o mordeu, ferindo-o fatalmente.
Sua mãe, vendo que o menino não voltava para casa, ficou muito preocupada e resolveu, junto com algumas pessoas da aldeia, procurá-lo! E uma triste cena foi vista: a mãe encontrou o doce curumim caído ao chão, sem vida, no pé da linda árvore. Sentiu-se profundamente triste e ajoelhou-se, tmbando sobre o corpinho corpinho inerte, mas que esboçava um leve sorriso de alegria: uma última risada foi dada antes da sua partida! O menino era muito feliz!
A tribo também sentiu muito a perda desse ser iluminado que amava a floresta. Todos choraram muito
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De repente, um forte trovão rebombou e um raio caiu junto ao menino. A índia-mãe, num gesto de profunda reverência, disse:
“Este é um sinal de nosso deus, Tupã, que se compadece de nossa profunda tristeza!”
“Plante os olhos de seu filho”, disse uma voz grave que vinha do céu, “e uma linda fruteira nascerá. Essa fruta mágica passará ser a fonte da eterna felicidade de seu povo”, disse.
Assim fez sua mãe que, com toda a reverência, depositou os dois vivos olhos na terra sagrada. E um momento de grande poder e energia aconteceu!
Depois de um tempo, naquele lugar, onde os olhinhos do menino de luz foram enterrados, nasceu o guaraná, uma planta de frutos vermelhos, branco e preto, de onde o pequeno índio, de onde estiver, parece nos observar.
Por Lu Paternostro
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