Ilustração “A Lenda da Teiniaguá”. Tradições Gaúchas. Série Traços do Brasil.

 
Ilustração "A Lenda da Teiniaguá", da série "Tradições Gaúchas". 
 Copyright Lu Paternostro. Proibida cópia, uso ou reprodução desta imagem sem a autorização da artista.
Ilustração “A Lenda da Teiniaguá”, da série “Tradições Gaúchas”.
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Eu vou contar para vocês uma história diferente
Que de tão incrível virou lenda
E até hoje lá no sul o povo conta para a gente
E o cantador emenda
Um sacristão lá da igreja que ficava de bobeira
Sentado olhando o rio passar
Um dia notou algo diferente
A água “tava” fervente começando a borbulhar:
“Meu deus, o que é isto dentro do rio? É um clarão, e vem na minha direção!”
Muito assustado o sacristão caiu de lado
Vendo o ser iluminado disparar seu coração
Valha-me deus, nossa senhora! É o tal lagarto com a pedra preciosa na cabeça!
Contam as velhas histórias que há muito tempo começou a fama do lagarto Teiniaguá,
Diziam que quem o aprisionasse acharia um tesouro, o mais lindo tesouro que há,
Eram riquezas ocultas dentro de uma caverna, chamada Salamanca lá na Serra do Jarau
Passado o susto o sacristão pegou o bicho
Levou pra casa, tremenda confusão
Foi quando viu estupefato num delírio
O lagarto virar um mulherão
Era a verdadeira deusa da beleza
Cheia de encantos coisa e tal
Que aprisionada no corpo do lagarto
Guardava o tesouro da Salamanca do Jarau
Cuidado sacristão, essa mulher é o pecado encarnado! Esse coisa do diabo!
Seduzido pelo luxo e riqueza
Encantos e belezas começou a vacilar
E cegamente apaixonado jurou amor eterno
E fale quem quiser falar
E eram tantos seus pecados que os padres das paróquias
Já não puderam perdoar
Pobre sacristão, foi condenado!
No dia marcado pra sua morte, um trovão bem forte, para sua sorte, fez o céu estremecer
O dia de repente virou noite e de dentro do rio surgiu de novo o teiniaguá
O brilho de sua pedra cegou todos os homens e o povo com medo fugiu
Livres, os dois subiram a serra do Jarau, e no caminho, o sacristão olhando aquela formosura de lagarto disse:
É lagarto, tu me ensinas a fazer “lenda” que eu te ensino a namorar.
E até hoje diz a lenda ainda vivem na colina
Os dois deixando o tempo passar
Guardando um tesouro precioso
Um romance sem igual na Salamanca do Jarau
O lagarto que era o tal da Salamanca do Jarau
UAU!
O progresso me dá liberdade de compor versos estilizados
Me proponho a cantar as raízes e as relíquias dos antepassados
Tradição para o leigo é grossura a cultura enriquece o estado
Só me resta dizer aos amigos o Rio Grande vai bem obrigado

 “A Salamanca do Jarau”
Fernanda Lima

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A Lenda da Teiniaguá ou Salamanca do Jarau

Típica das tradições gaúchas, a lenda da Teiniaguá ou Salamanca do Jarau, de origem espanhola, está repleta de elementos que refletem a formação do povo gaúcho, produto de complexa inter-relação entre o europeu, o oriental, ou o mouro, e o povo indígena. 

Em seu livro “Lendas do Sul” (1913), a fábula é recontada por João Simões Lopes Neto (1865-1916), um contador de lendas e estórias que, através de seu narrador protagonista Blau Nunes, que ouvia as histórias contadas por sua avó charrua, tribo indígena que habitava o estado do Rio Grande do Sul, Uruguai e Argentina e que fora dizimada pela colonização espanhola.

Nela temos inúmeros elementos integrando-se de forma dinâmica como a citação de Salamanca, uma das cidades da Espanha mais ricas em monumentos da Idade Média e Renascimento, trazendo a tradição de lendas e histórias antigas, representando a mescla cristão-árabe, cheia de misticismo, milagres, feitiços, escolas de magia. No seu livro, Lopes Neto a utiliza como uma denominação para as cavernas encantadas encontradas na América.



Encantadoras e personagem principal, as princesas mouras, são originalmente relacionadas a magia e encantamento nas histórias das tradições árabes, o que reforça a presença do povo islâmico. A citação à cultura indígena é representada no Diabo Vermelho, o Anhangá-Pitã, que transforma a linda princesa moura numa lagartixa ou salamandra, destinada a viver aprisionada numa lagoa, no Cerro do Jarau, uma formação rochosa de grande valor arqueológico, localizada no município de Quaraí, no estado do Rio Grande do Sul.

Outra personagem de importância é o sacristão, descendente de espanhóis jesuítas, que se apaixona pela princesa árabe, um amor proibido pela Igreja Católica. 

A lenda da Teiniaguá ou a Salamanca do Jarau “busca a composição étnica, histórica – e por que não dizer – até mesmo antropológica da civilização gaúcha, através de seus tipos principais, representados cada qual por uma narrativa: o índio, o árabe e o espanhol, o português e o negro (HOHLFELDT, 1996, p. 47).


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A Lenda

Resumindo em uma das formas de se contar, a lenda é mais ou menos assim:

Conta a lenda que um sacristão da igreja de São Tomé, num dia de muito calor, e indo se refrescar numa lagoa, se depara com a Teiniaguá, uma princesa moura que foi transformada numa lagartixa com uma pedra reluzente na cabeça, pelo demônio vermelho, o Anhangá-Pitã. Ele sabia que o homem que a encontrasse ficaria rico para sempre.

O sacristão pega a lagartixa e a leva para sua casa. À noite, como rezava a lenda, a lagartixa se transformou numa belíssima princesa de lábios vermelhos, muito sedutora, que pediu vinho ao sacristão.

O homem, levado pelos seus encantos, rouba o vinho santo da igreja, se delicia com a moça e embriaga. É encontrado neste deplorável estado e preso pelos padres. A princesa volta a se tornar lagartixa e foge.

O sacristão, então, é sentenciado, mas no momento de sua morte, a Teiniaguá reaparece, singrando pela terra profunda, e o captura, levando-o para a Salamanca do Jarau, uma gruta profunda e encantada. O mantem como prisioneiro.

Passados 200 anos, um cavaleiro corajoso, que já conhecia a estória da Teiniaguá, estória contada por sua avó, uma índia charrua, enfrenta os sete desafios corajosamente chegando até a gruta. Lá se depara com a salamandra encantada, que o alerta de seu prêmio. Mas o cavaleiro não aceita e a salamandra fica desolada, pois sabia que para se livrar do encantamento o cavaleiro precisava aceitar uma coisa que desistiria depois. 



O velho sacerdote então, oferece a moeda de ouro mágica de uma outra forma e o cavaleiro, para não fazer desfeita, a põe em seu bolso e vai embora.

Quando chega em sua terra, viu que a moeda de ouro que se multiplicava conforme ia usando, o deixara muito rico, mas com muitas desgraceiras no seu caminho.

Voltou à caverna e devolveu a moeda.

Neste momento um clarão mágico acontece e tanto a lagartixa, como o velho sacerdote prisioneiro são libertados do feitiço e tornam-se um casal de jovens e felizes. 

Casam-se, formando a partir daí toda a descendência do povo gaúcho.

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Por Lu Paternostro
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Ilustração “A Dança dos Facões”. Tradições Gaúchas. Série Traços do Brasil.

 
Ilustração "Dança dos Facões", da série "Tradições Gaúchas". 
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“Agradeço aos fãs que eu tenho pois aplaudem as façanhas que faço
Sou vaqueano na lida de campo e um taura num tiro de laço
Aprendi a tocar e cantar e também dividir no compasso
E o fole que vai e que vem eu domino na força do braço
(A essência nativa da terra simboliza grandeza e valor
Me orgulha cantar o Rio Grande com carinho, civismo e amor) Bis
Sou um simples tropeiro de rimas extraídas da inspiração
Eu preservo o valor do passado de bombacha e de gaita na mão
Admiro os costumes antigos recordar é viver emoção
Nos fandangos transmito alegria alma xucra da minha canção
O progresso me dá liberdade de compor versos estilizados
Me proponho a cantar as raízes e as relíquias dos antepassados
Tradição para o leigo é grossura a cultura enriquece o estado
Só me resta dizer aos amigos o Rio Grande vai bem, obrigado!”

 “Tropeiro de Rimas”
Os Serranos

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A Dança dos Facões

As danças fazem parte integrante da cultura de um país, de um povo.  A dança dos facões é uma dança típica e muito popular no Rio Grande do Sul, tradicionalmente apresentada por pares ou por grupos de homens, que executam complexos movimentos com dois facões, um em cada mão.

Parece que tem suas origens distante, nas danças de esgrima, vindas da Europa Oriental, da Ásia e África Mulçumana. Os portugueses e espanhóis que vieram para o Rio Grande do Sul, trouxeram em sua bagagem uma carga cultural repleta de influência dos árabes. Existe uma dança egípcia, a tahtib, que provem dos pastores onde homens com cajados, dançam com saltos e sapateios semelhantes aos feitos na coreografia da dança dos facões. Por isso a suspeita de sua origem vir destas regiões orientais.



Representam entreveros entre gaúchos, as lutas territoriais, lutas por divisas, temas que formam a coreografia da dança. Algumas versões tem um caráter dramático, onde os dançarinos encenam enredos que representam a realidade do campo e suas desavenças, mas são mal interpretações da dança original, podendo fugir de sua tradição ou da arte genuinamente folclórica e original. 

Os facões são instrumentos de trabalho e fazem parte da vida no campo do gaúcho. Nas mãos dos habilidosos dançarinos, eles fazem evoluções em movimentos coordenados, rápidos, ágeis e que reproduzem as ações de luta, ataque, contra-ataque, defesa. A dança é feita com facões verdadeiro e bem afiados, o que vai exigir muito cuidado por parte do dançarino.


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Através dos movimentos de passar de um facão por entre as pernas, de uma mão para a outra, sapateando em complexos movimentos, interligando-se uns aos outros, batendo seus facões com tamanha força que chegam a soltar faíscas.

A dança pode variar entre movimentos mais cadenciados até rápidos, que desafiam a coordenação motora e reflexo dos participantes. Os sapateados vigorosos e fortes de algumas coreografias, exige bastante esforço dos dançarinos, chegando a ser um desafio, tendo um caráter de audácia e coragem.

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Lu Paternosro
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Ilustração “A Lenda de São Sepé”. Tradições Gaúchas. Série Traços do Brasil.

 
Ilustração "A Lenda de São Sepé", da série "Tradições Gaúchas". 
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Nem bem clareia já me
encontro chimarreando
Ao pé do fogo que
aquenta as madrugadas
Daqui um poquito o sol
desponta no horizonte
“Tô desde ontonte co’as
idéia engarrafada
Pra o parapeito do galpão
arrasto as “garra”
Bucal na mão vo
“tiflando” pra mangueira
Meu sestrosa me
cuidando a matungada
Vem da invernada e
fica “flor de caborteira”
Mas que me importa
pois me levantei aluado
Cano virado das minhas
botas garroneiras
Toda segunda tem bagual
de lombo inchado
Adivinhando que passei
de “borracheira”
Junto as “argola” do
cinchão no osso do peito
“precuro” um jeito
busco a volta e me enforquilho
Depois que “munto” e
atiro o “caixão” pra trás
Só Deus com um gancho
pra me “saca” do lombilho
Me dá vontade de “prende”
o buçal na cara
Deste picaço que
esqueceu como se forma
Mas eu garanto que
embaixo dos meus “arreio”
Conhece o ferio e aprende
a “respeitá as norma”
Pego-lhe o grito
“tacho os ferro” na paleta
De boca aberta o
queixo-roxo vende garra
Lida baguala que
em muitos mete medo
Meu xucro ofício que
por vício eu fiz de farra.    

“Um Canto A Tiaraju”
Jorge Freitas

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A Lenda de São Sepé (Sepé Tiaraju)

Sepé Tiaraju é um índio missioneiro valente e forte, que se tornou líder guarani no século XVIII. Guerreiro, assumiu a defesa do seu território na guerra contra a Espanha e Portugal.

Nas planícies férteis do sul do Brasil, mais precisamente as fronteiras oeste do estado do Rio Grande do Sul, eram muito cobiçadas por suas terras verdes e muito férteis. Neste local, na época das Missões Jesuíticas de catequização dos índios, os padres viviam em paz com os guaranis. Formou-se uma sociedade harmônica, próspera, igualitária, fraternal, onde os índios aprendiam a fazer e a tocar instrumentos, construir em sociedade, viver em sintonia com a natureza.

Toda essa liberdade dos índios e padres jesuítas nas terras tão ricas, atiçou a cobiça dos colonizadores brancos. Com os olhares fixos sobre a região, e com o Tratado de Madri, Portugal cedia à Espanha a Colônia de Sacramento, no Uruguai, e a Espanha entregava aos portugueses as terras onde estavam situados os 7 Povos das Missões, as reduções consideradas mais populosas e ricas.



Nesta ganaciosa divisão, os guaranis tinham de abandonar suas terras com os bens que pudessem carregar, para o outro lado do Rio da Prata, deixando seus templos, lavouras, suas casas. Os guaranis não aceitaram. Resolveram defender seu território.

Portugal e Espanha se unem para fazer valer seu novo trato, mas os Guaranis resolvem resistir fortemente. Logo, os colonizadores foram seguidos pelos Guaranis da redução de São Miguel, chefiados pelo corregedor Sepé Tiaraju, líder do exército Guarani.

Diziam que era predestinado por Deus, pois havia nascido com uma cicatriz em sua testa que tinha o formato de uma lua. Durante o dia parecia algo comum, mas a noite ou em pleno combate, o lunar brilhava, guiando, assim, os soldados missioneiros. Isso o torna um ser único e celestial.

Os padres, pressionados pelas cortes reais por deixarem os índios serem tão teimosos e desobedientes, tentaram fazer com que desistissem desse enfrentamento, fazendo-os acreditar que eram fracos e pouco equipados para lutar contra as armas poderosas dos brancos europeus. Mas os índios, definitivamente, não aceitaram tal imposição e tocaram em frente, combatendo contra aqueles que para eles eram os intrusos em suas terras sagradas, os colonizadores brancos. 

É de Sepé a frase: “Esta terra é nossa! Nós a recebemos de Deus e do arcanjo São Miguel. Somente eles nos podem deserdar! ”

Atacado pelos portugueses ao norte e pelos castelhanos ao sul, ao Guaranis resistiram durante anos até a batalha de Caiboaté, em 1756, onde morreu em combate, Sepé Tiaraju

Conta a lenda que a cicatriz em forma de lua que Sepé tinha na testa, depois da sua morte, se projetou em forma de estrelas e criou o Cruzeiro do Sul para ser o guia de todos os gaúchos. 

“O mito de Sepé Tiaraju, como herói nacional, passou a pertencer, efetivamente, ao conjunto de elementos… para a formação da identidade e representação do gaúcho, a partir do século XX, quando Simões Lopes Neto publicou o poema Lunar de Sepé, em Lendas do Sul (1913).” (NUNES, 2014)


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Sua lenda perpetuou-se por todo o estado do Rio Grande do Sul, tornando um herói popular para seu povo. Graças a ele o tesouro guarani ainda está lá e a lembrança de sua luta habita os corações de seus descendentes.

O povo da região das Missões guarda a memória de Sepé Tiaraju como um santo que morreu como um mártir. Há uma cidade em homenagem a ele, a cidade de São Sepé, localizada no Rio Grande do Sul.

Sepé Tiaraju ou São Sepé cada vez mais revive hoje na mente e nas ações de todos aqueles que buscam uma forma melhor de viver, uma Pátria mais fraterna, uma Terra sem Males. Tornou-se um símbolo de resistência e de não aceitação de uma sociedade medíocre, preconceituosa, gananciosa.

Sepé Tiaraju é considerado um dos maiores heróis brasileiros.

No dia 3 de novembro de 2005, o estado do Rio Grande do Sul o considera Herói Guarani Missioneiro Rio-grandense. Em 2009 Sepé Tiaraju foi inscrito no Livro dos Heróis da Pátria.

No dia 7 de fevereiro de 2015, comemora-se 259 anos da morte de Sepé Tiaraju.

Por Lu Paternostro

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Ilustração “O Gaúcho e a Prenda”. Tradições Gaúchas. Série Traços do Brasil.

 
Ilustração "O Gaúcho e a Prenda", da série "Tradições Gaúchas". 
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Ilustração “O Gaúcho e a Prenda”, da série “Tradições Gaúchas”.
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No humilde rancho de um posto,
um moço encilhou o cavalo beijou a prenda e se foi. (…)
E durante largo tempo ficou a moça na porta olhando a estrada a chorar,
sem saber por que o marido tem que partir e lutar. (…)
Então a moça franzina tomou uma decisão:
esqueceu delicadeza, ternuras de quase noiva e
atou os cabelos negros debaixo de um chapelão
e se atirou no trabalho, cuidando de casa e campo, de gado e da plantação.(…) E a moça voltava ao rancho,
tão moça ainda e tão só!
E quando fitava a estrada, só via o vazio do nada,
o nada, o silêncio e o pó.(…)
Bendita mulher gaúcha que sabe amar e querer!
Esposa e mãe, noiva e amante que espera o guasca distante
e acaba por compreender
que a vida é um poço de mágoa onde cada pingo d’água
só faz sofrer e sofrer.
Parte do poema “Mulher Gaúcha”
de Antonio Augusto Fagundes
O progresso me dá liberdade de compor versos estilizados
Me proponho a cantar as raízes e as relíquias dos antepassados
Tradição para o leigo é grossura a cultura enriquece o estado
Só me resta dizer aos amigos o Rio Grande vai bem obrigado

 “Mulher Gaúcha”
Parte do poema de   Antonio Augusto Fagundes

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O Gaúcho e a Prenda

Os gaúchos, também chamados de peão, são descendentes da mistura de europeus com índios. O nome é dado às pessoas que são naturais do Sul do Brasil e vale do Rio da Prata, num bioma chamado de pampas, geralmente ligado à atividade pecuárias destas regiões. No Uruguai e Argentina tem a nominação de gaúcho, com a sílaba forte no “ga”.

Mesmo com influências europeias como portuguesas e espanholas, miscigenado aos índios, o gaúcho foi criando uma cultura própria, regional.

Apreciam se apresentar como grandes cavaleiros e seu cavalo crioulo, o cavalo do gaúcho, era tudo na vida dele. Eram homens bravos, destemidos.

A vestimenta típica do gaúcho é repleta de itens da indumentária indígena, como o poncho, o lenço colorado, a pala, um tipo de poncho grande, e o chiripa, este último presente na vestimenta do gaúcho até meados do século XIX, sendo posteriormente substituídos pelas bombachas.

Já a prenda, a mulher gaúcha, é representada como um tipo ideal de mulher. A mulher do tradicionalismo gaúcho é uma grande conhecedora dos costumes e da tradição. Mulher forte, que não foge ao dever, sua forma de vestir é simples, recatada, mas muito bem cuidada. Sua imagem impõe respeito. “Foi construída historicamente uma memória gaúcha na qual a prenda é a representação da figura da mulher que o tradicionalismo escolheu para cultuar.  (LUVIZOTTO, 2010).

Ensina-se às meninas gaúchas a tradição de que uma mulher gaúcha deve ser o protótipo de dignidade e respeito. Devido a essa importância, foram criadas leis estaduais a fim de manter as tradições gaúchas, onde são definidas a forma de se vestir da mulher gaúcha.



A tradicional pilcha feminina, que tem por objetivo valorizar as qualidades da prenda, é formada pelo vestido de prenda, saia de armação, sapatilha e flor no cabelo, sendo o vestido apresentado como a “síntese da sobriedade da mulher gaúcha”.

A bombacha, a calça larga e típica da roupa do gaúcho, representa a imagem do homem dos pampas, tornando-se marca exclusiva de sua identidade. A sua mulher, a prenda, sempre deixou evidente sua preocupação em estar bem vestida para tornar-se bela e ser admirada com o seu par eterno e arquetípica companheira

Abaixo, transcrevemos o trecho referente à vestimenta da prenda, do “Manual das Pilchas gaúchas”, adotado pelo Movimento Tradicionalista Gaúcho do Rio Grande do Sul, da lei 8.813 de 10 de janeiro de 1989

Indumentária da Prenda Atual para Moças e Senhoras:


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O TRAJE:
Vestido, saia e casaquinho, de uma ou duas peças, com a barra da saia no peito do pé, podendo ser godê, meio-godê, em panos, em babados ou evasês, com cortes na cintura, caderão ou corte princesa, atentando para a idade e estrutura física.

AS MANGAS:
Longas, três quartos ou até o cotovelo; podendo ser lisas ou levemente franzidas (não bufantes), com aplicações de fitas, bordados, babadinhos ou similares, sem exagero, no máximo duas aplicações. 

O DECOTE:
Geralmente sem decote. Admite-se, no máximo, um leve decote, com ou sem gola, sem expor os ombros e o seio, sem contrastar com o recato da mulher gaúcha.

AS GOLAS:
Se usadas, podem ser arredondadas, sobrepostas, tipo paletó, padre, com ou sem detalhes, sem exageros.



OS ENFEITES:
Podem ser rendas, apliques, bordados, passa-fitas, gregas, fitilhos, fitas, viés, babadinhos lisos ou estampados miúdos, plissês, crochês, botõezinhos forrados, nervuras ou favos. Não sobrecarregar a fim de evitar a desfiguração dos modelos. A decoração com tecidos aplicados ou trabalhados com fitas que formam pontas de lanças e ondas devem ser evitados, optando-se pelos motivos florais, os quais compõem a tradição gaúcha. 

OS TECIDOS:
Podem ser lisos, estampados miúdos, xadrez miúdo, petit-pois, riscado discreto, de acordo com as estações climáticas. Não são permitidos apenas os tecidos transparentes sem forro, slinck e similares, tecidos brilhosos (lamê, lurex e outros para uso à noite em festas não-tradicionais) e tecidos em cores contrastantes, chocantes ou fosforescentes.

A SAIA DE ARMAÇÃO:
Deve ser discreta e leve, na cor branca. Se tiver babados, estes devem concentrar-se no rodado da saia, diferentemente da indumentária típica baiana.

AS CORES:
De acordo com a sincronia das cores e a relação com a idade e o momento do uso. Evitar as cores contrastantes, chocantes e fosforescentes, assim como o preto (luto); a cor branca fica convencionada para uso das noivas e debutantes. Não usar combinações com as cores da bandeira do Rio Grande do Sul.

A BOMBACHINHA:
Branca de tecido leve ou rendada, deve cobrir os joelhos.

AS MEIAS:

Devem ser longas, brancas ou beges, para moças e senhoras. As mais maduras podem usar meias de tonalidades escuras.

OS SAPATOS:
Pretos, brancos ou beges; podem ter salto 5 (cinco) ou meio salto com tira sobre o peito do pé, que abotoe do lado de fora.

OS CABELOS:
Devem estar semi presos, presos ou em tranças, enfeitados com flores discretas que podem ser naturais ou artificiais, sem brilhos e purpurinas, combinando com o vestido. As senhoras mais jovens, eventualmente, podem usar travessas simples ou com flores discretas e passadores nos cabelos que poderão estar semipresos em coques ou penteados curtos. Fica facultado o não uso de enfeites nos cabelos das senhoras em respeito à idade ou ao gosto pessoal.



AS MAQUIAGENS:
Discretas e de acordo com a idade e o momento social.

OS ACESSÓRIOS PERMITIDOS:
Fichú de seda com franjas ou de crochê, preso com broche ou camafeu.
Chale (especialmente para as senhoras).
Brincos (jóia ou semi-jóia) discretos.
Um ou dois anéis (jóia ou semi-jóia).
Camafeu ou broche.
Capa de lã ou seda.
Leque (senhoras ou senhoritas) em momentos não coreográficos.
Faixa de prenda ou crachá.
Chapéu (feminino) em ambientes abertos.

15. ACESSÓRIOS NÃO PERMITIDOS: 
Brincos de plásticos ou similares coloridos.
Relógio e pulseiras.
Luvas ou meia-luva de renda, crochê ou tecido (ressalva-se no uso do traje  (histórico urbano).
Colares.
Sombras e batons coloridos em excesso, uso de cílios postiços, unhas pintadas em cores não convencionais (verde, azul, amarelo, prata, preto, roxo, etc.)
Sapatilhas do tipo ballet, amarradas na perna.
Saias de armação com estruturas rígidas em arame, barbatanas e telas de nylon.
Recomendações sobre o uso da indumentária da prenda em diferentes ocasiões

Os trajes ainda pode ser para as Ocasiões Formais, Informais e uso para cavalgar em festas campeiras e rodeios.

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Por Lu Paternostro
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Ilustração “O Gaúcho Pilchado”. Tradições Gaúchas. Série Traços do Brasil.

Ilustração "Gaúcho Pilchado", da série "Tradições Gaúchas". 
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EU TENHO ORGULHO DE TER NASCIDO GAÚCHO
DE ANDAR PILCHADO E DE TOCAR MEU VIOLÃO
DE TER A PRENDA MAIS PRENDADA DO RIO GRANDE
E A PIAZADA QUE RESPEITA A TRADIÇÃO

UM BOM CAVALO, UM VELHO CUSCO COMPANHEIRO
QUE É MEU PARCEIRO EM QUALQUER OCASIÃO
TENHO SAÚDE E MUITA FORÇA PRA O TRABALHO
E O MEU TRÊS LISTA PRA UM CAUSO DE PRECISÃO

SOU RIOGRANDENSE, SOU BRASILEIRO
GUARDO AS FRONTEIRAS DO MEU PAÍS
SOU QUERO-QUERO, SENTINELA DO PAMPA
SOU ALMA QUE CANTA, SOU BEM FELIZ

VERDE, VERMELHO E O AMARELO DA BANDEIRA
LEMBRAM AS MATAS, NOSSO SANGUE E O TRIGAL
NOSSAS RIQUEZAS, NOSSO POVO, NOSSA GENTE
E UM PASSADO DE GRANDEZA SEM IGUAL

QUANDO UM GAÚCHO ESTENDE A MÃO AO COMPANHEIRO
UM CHIMARRÃO DEMONSTRA A HOSPITALIDADE
UM BOM CHURRASCO LOGO VEM ACOMPANHADO 
DE UM FORTE ABRAÇO PRA PONTEAR NOVA AMIZADE

“Orgulho de Gaúcho”
Grupo Quero-Quero- Compositor: Roberto Kopp

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Gaúcho Pilchado

A forma típica de se vestir do gaúcho é entendida como muito importante para a cultura sulina, pois preserva sua história com orgulho, passando através das gerações, a força das tradições e o orgulho de ser gaúcho.

Há regras fixas, que devem ser seguidas com muito respeito, tanto para a vestimenta do gaúcho, como a da “prenda”, a mulher gaúcha.

A pilcha, de acordo com o Dicionário de Regionalismos, é “adorno, joia, dinheiro. Roupas, arreios, qualquer objeto de valor. Vestimenta típica de gaúcho” (NUNES; NUNES, 1948, p. 373). No dicionário Houaiss, significa “objeto de adorno, adereço, enfeite” e, ainda, uma “peça de vestuário, especialmente o poncho, a bombacha, as botas e o chiripá” (HOUAISS; VILLAR, 2009, p. 2210).

Para defini-la, foi criada a Lei Estadual de nº 8.813, de 10 de janeiro de 1989, que oficializa o traje de honra e de uso preferencial no estado do Rio Grande do Sul, tanto para os homens como para as mulheres. O Movimento Tradicionalista Gaúcho (MTG) e os Centros de Tradições Gaúchas (CTG), um dos maiores movimentos de cultura popular, organizado e centralizado do Brasil, é o órgão que preserva a cultura gaúcha em todas as partes do Brasil, define as regras de uso dos componentes da vestimenta, a fim de disciplinar e orientar as prendas e os peões a se vestirem adequadamente em várias ocasiões.  

A origem do Gaúcho Pilchado vem da colonização dos pampas pelos povos ibéricos, e é resultado da união de influências históricas, sociais e culturais que foram se adequando à realidade do trabalho no campo.


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O MTG define três tipos de vestimentas que devem ser usadas tanto pelos homens como pelas mulheres que são a pilcha para atividades artísticas e sociais, a pilcha campeira e a pilcha para a prática de esportes (truco, bocha campeira, etc)

O gaúcho tem orgulho e muito respeito pelas suas batalhas, sua hombridade, sua mistura de raças fortes, por suas tradições. Por conta disso, independentemente de suas crenças particulares, seguir as regras é demonstrar-se consciente e respeitoso de sua história, tornando-se ator da preservação de um patrimônio cultural único, legado que tende a se esfacelar numa cultura em constante mudança, globalizada, que perde facilmente suas raízes.

O “Gaúcho Pilchado”

Aqui transcreveremos o texto, na íntegra, de orientação para a vestimenta do Gaúcho ou Peão Pilchado, segundo as Diretrizes para a Pilcha Gaúcha, estabelecida pelo Movimento Tradicionalista Gaúcho.

DIRETRIZES PARA OS TRAJE ATUAL PEÃO ADULTO, VETERANO E JUVENIL

A BOMBACHA
Tecidos: brim (não jeans), sarja (lã), linho, algodão, oxford, microfibra
Cores: claras ou escuras, sóbrias ou neutras, tais como marrom, bege, cinza, azul-marinho, verde escuro, branca. Fugindo as cores agressivas, fosforescentes, contrastantes e cítricas, como vermelho, amarelo, laranja, verde-limão, cor-de-rosa.
Padrão: liso, listradinho e xadrez miúdo e discreto.
Modelo: cós largo sem alças, dois bolsos na lateral, com punho abotoado no tornozelo.
Favos: O uso de favos e enfeites de botões (devem ser do tamanho daqueles utilizados nas camisas, vedados os de metal) depende da tradição regional.  As bombachas podem ter, nos favos, letras, marcas e botões. Quando usar favos, deverão ser da mesma cor e tecido da bombacha. Os desenhos serão idênticos em uma e outra perna.
Largura: com ou sem favos, coincidindo a largura da perna com a largura da cintura, ou seja, uma pessoa que use sua bombachas no tamanho 40, automaticamente deverá ter, aproximadamente, uma largura de cada perna de 40 cm de tal forma que não seja confundida com uma calça.
Uso: As bombachas deverão estar sempre para dentro das botas.
Vedações: É vedado o uso de bombachas plissadas e coloridas



A CAMISA
Tecido: preferencialmente algodão, tricoline, viscose, linho ou vigela, microfibra (não transparente), oxford.
Padrão: liso ou riscado discreto.
Cores: sóbrias, claras ou neutras, preferencialmente branca. Evitando cores agressivas e contrastantes.
Gola: social (ou seja, abotoada na frente, em toda a extensão, com gola atual, com punho ajustado com um ou mais botões).
Mangas longas: para ocasiões sociais ou formais, como festividades, cerimônias, fandangos, concursos.
Mangas curtas: para atividades de serviço, de lazer e situações informais.
Camiseta de malha ou camisa de gola polo: exclusivamente para situações informais e não representativas. Porém, podem ser usadas com distintivo da Entidade, da Região Tradicionalista e do MTG.
Vedações: Vedado o uso de camisas de cetim e estampadas.

AS BOTAS
Material: de couro liso
Cores: preto, marrom (todos os tons) ou couro sem tingimento.
Cano:a altura do cano varia de acordo com a região. Normalmente o cano vai até o joelho.
Solado: o solado deve ser de couro, podendo ter meia sola de borracha ou látex. A altura máxima de um centímetro (entra em vigor em 1º de janeiro de 2012).
Botas “garrão de potro”: são utilizadas exclusivamente com trajes de época.
Vedações: é vedado o uso de botas brancas. Proibidos quaisquer tipos de bordados ou palavras escritas nas botas.

O COLETE
Uso: se usar paletó poderá dispensar o colete.
Modelo: tradicional, sem mangas e sem gola, com uma única carreira de botões na frente, podendo ser abotoado, ou não. Com a parte posterior (costas) de tecido leve, ajustado com fivela, de uma cor só, no comprimento até a altura da cintura.
Cor: da mesma cor das bombachas, podendo ser tom sobre tom.
Tecido: mesmo padrão de tecido da bombacha.

O CINTO (OU GUAIACA)
Material: de couro.
Guaiacas: de uma a três guaiacas internas ou não.
Fivelas: uma ou duas fivelas frontais com, no mínimo, sete cm de largura.
Florão: quando usado deve ter função de fivela.
Vedação: Cinto com rastra (enfeite de metal com correntes na parte frontal).



O CHAPÉU
Material: de feltro ou pelo de lebre.
Abas: a partir de 6 cm.
Copa: de acordo com as características regionais.
Barbicacho: de couro ou crina, podendo ter algum enfeite de metal e, ou fivela para regulagem.
Vedação: é vedado o uso de boinas e bonés.

O PALETÓ
Uso: usado especialmente para ocasiões formais.
Cor: A combinação de cor, com as bombachas, deve ser harmoniosa, evitando cores contrastantes.
Vedações: é vedado o uso de túnicas militares substituindo o paletó.

O LENÇO
Cores: vermelho, branco, azul, verde, amarelo e carijó (nas cores citadas e ainda, marrom e cinza).
Tamanho: no caso do uso com algum tipo de nó, com a medida de 25 cm a partir deste. Com o uso do passador de lenço, com a medida de 30 cm a partir deste.
Passadores: de metal, couro ou osso.

A FAIXA
Uso: opcional.
Cor: lisa, na cor vermelha ou preta de for de lã. Bege cru se for de algodão.
Largura: de 10 a 12 cm.



A PALA
Uso: opcional.
Tamanho: tamanho padrão, com abertura na gola. Dimensões aproximada 2m X 1,60m.
Opções: poderá ser usado no ombro, meia-espalda, atado da direita para a esquerda, com todos os trajes.

AS ESPORAS
Uso: trata-se de peça utilizada nas lides campeiras. É admissível o uso nas representações coreográficas de danças tradicionais.
Vedação: é vedado o uso em bailes e fandangos.

A FACA
Uso: é opcional, para grupos adultos, veteranos e no ENART, nas apresentações artísticas.
Tamanho: de 15 a 30 cm de lâmina.
Vedação: é vedado o uso nas atividades sociais, exceto apresentações artísticas.

Notas:O termo bombacha vem do espanhol “bombacho”, que significa calças largas.

“O lenço vermelho, fui incluído na pilcha pelos primeiros tradicionalistas na década de 1940, como uma homenagem aos gaúchos que lutaram na Revolução Farroupilha. É tratado com um símbolo de liberdade e coragem pelos tradicionalistas. ” (LUVIZOTTO,2010)

Por Lu Paternostro
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