Cerveja Paulistânia: Rótulos levam arte e cultura do Brasil para o mundo

Nunca uma marca de cerveja gerou tantos temas sobre a cultura do Brasil para nós, brasileiros, e para o Mundo, que ama a arte do Brasil!

São 42 ilustrações para rótulos, divididos em 4 grandes temas: “Manifestações da Cultura Tradicional Brasileira”, ” Os Tipos Tradicionais Brasileiros”, “Imigrantes Brasileiros” e “Tradições Gaúchas” pertencentes à série “Traços do Brasil por Lu Paternostro”, para a Cerveja Paulistânia da Bier & Wein.

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Rótulos “Cultura Tradicional Brasileira”, da série Traços do Brasil, de Lu Paternostro.

Queremos algo com temas do Brasil

A mestre cervejeira Tatiana Spogis, que coordenava o marketing da Bier & Wein na ocasião dessa ação, tinha a ideia de chamar artistas para a criação dos novos rótulos da Cerveja Paulistânia e queria começar comigo! E ela curtiu uns trabalhos meus com temas do Brasil! “Queremos algo nessa linha, bem coloridos, com temas que abrangem o Brasil”, disse no briefing.

Achei show e vi nisso uma maravilhosa oportunidade de fazermos algo bem diferente do que a própria cerveja vinha fazendo até então. E grandioso! E assim se deu!

Embora muitos brasileiros não tenham conhecimento, a cultura do Brasil não é só apreciada, mas respeitada e considerada em diversos países do mundo. Eu mesma não tinha essa noção, até publicar os temas no meu site: vi minhas imagens sendo usadas (com autorização, é lógico) em sites de todo o mundo: Itália, Suíça, Suécia, EUA, Japão (até brasileiros que morram lá, entraram em contato comigo), Portugal, Espanha, Alemanha, e por pessoas aqui no Brasil, que sabem o que significa todo esse tesouro que temos e que mal o compreendemos!

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Cerveja Paulistânia: 42 rótulos com temas do Brasil, de Lu Paternostro

As ilustrações, foram divididas em grandes temas, representando as linhas de cervejas Vermelha Larger Premium, a Puro Malte Larger Premium e a Puro Malte Extra Escura Larger Premium.  

Conheça cada tema de cada um dos rótulos, junto com a ilustração. E com o desejo de propagar um pouco mais de conhecimento, cada tema tem um espaço próprio em meu site, para que todos possam conhecer, pelo menos se introduzir, no que nosso país tem de mais lindo, verdadeiro e genuíno: nossa arte e cultura tradicionais.

Me orgulho demais de ter feito esse trabalho, que envolveu uma vasta pesquisa, mas que até hoje, rende divulgação pelo mundo, amizades, participação em palcos, e muitos trabalhos feitos em salas de aulas, com crianças de todas as idades, em colégios do Brasil afora.

Criei ainda, com estes temas, 3 e-books e uma belíssima exposição que rodou, durante 5 meses, o Metrô de São Paulo e mais 3 exposições em Brasília, sendo uma permanente, num grande hotel da capital federal! Vamos a esta viagem de cores, formas e temas do Brasil?  

1. Manifestações da Cultura Tradicional Brasileira

Como amante da arte mais pura e genuína, sem grandes “intelectualidades”, sugeri o estudo dos temas relativos às festas típicas, tradicionais, religiosas, pagãs e os folguedos do povo brasileiro e seus estados.

Deste primeiro estudo, nasceram os seguintes rótulos:

1. Boi Bumbá

O bumba meu boi é um dos traços mais marcantes da identidade cultural brasileira. Espalhando-se pelo Brasil, o bumba-meu-boi adquire características diversas na forma da dança, ritmo, personagens e até na forma de interpretar o enredo. 

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O bumba-meu-boi ou boi-bumbá é uma festa tradicional em que o personagem central é o boi, seu ciclo vital e o seu universo mítico e religioso, uma grande celebração que congrega diversas manifestações culturais ao seu redor. Encontramos presente a devoção aos santos juninos como São João e São Pedro e, ao mesmo tempo, traços do Tambor de Mina, Tambor da Mata e o Terecô, religiões afro-brasileiras onde encontramos a presença de orixás. Esta riqueza o configura como um “complexo cultural”.

2. Capoeira

A palavra Capoeira significa “o que foi mata” ka’a (“mata”) e pûer (“que foi”), referindo-se à vegetação rasteira do interior do Brasil. É uma manifestação da cultura popular, está presente na totalidade do território brasileiro e em mais de 150 países. Uma expressão que une luta, dança e música. Diferente de outras lutas, a roda de capoeira acontece acompanhada com cantorias, ritmos de atabaques e principalmente o berimbau, instrumento que praticamente comanda a forma de acontecer a capoeira.

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Dentre suas formas, temos a “Capoeira Angola” ou chamada “Capoeira de Vadiação” e a “Capoeira Regional”, criada no começo do século XX pelo Mestre Bimba que fundou, em 1932, a primeira Academia de Capoeira no Brasil.

3. Carnaval

O Carnaval é uma das maiores festas populares do país. Tem origem na Grécia, onde o povo fazia festas em agradecimento à fertilidade dos solos. Porém sua origem no Brasil vem do entrudo português, uma festa pagã europeia, uma série de jogos e brincadeiras populares, que chegou aqui no século XVII.A alegria das pessoas em participar foi crescendo com a entrada das marchinhas carnavalescas, que animavam as festas de rua e davam uma grandiosidade para esta manifestação. Porém as Escolas de Samba ainda movimentam o Carnaval por todo o país, competindo entre si e assim, com alegorias cada vez mais elaboradas, exportam o Carnaval Brasileiro Show para o mundo todo. 

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4. Congada

A Congada, também conhecida por Congo ou Congado, é uma manifestação cultural e religiosa de origem Africana e remete às lutas travadas no território africano, principalmente no Congo, onde muitos reis perderam seus tronos vindo a ser escravos no Brasil, quando da colonização portuguesa no século XV. A congada relembra esta história e suas passagens, lutas e conquistas de forma simbólica, não deixando morrer a lembrança do poder do povo negro.

É uma dança que representa a coroação do rei do Congo, acompanhado de um cortejo compassado que recebe o nome de “terno” e, em alguns locais, de uma encenação dramática que tem o nome de “embaixada”. A congada acontece em várias festividades durante o ano todo, principalmente em festas de Nossa Senhora do Rosário e em alguns locais, nas festas do Divino.

5. Danças Gaúchas

As danças gaúchas são marcadas pela influência da cultura espanhola, portuguesa e francesa. Em todas elas vê-se o espírito da fidalguia e do respeito à mulher. Outras vezes a dança é mercada por sapateados fortes, ritmados, uma apresentação de perícia de seus dançarinos. Várias são as cantigas típicas gaúchas dançadas aos pares, onde há sempre o cortejo entre homem e mulher como o Anú, o Balaio, a Chimarrita, a Chula, o Pezinho, a Cana Verde, o Chamané, o Fandango, o Maçanico e o Caranguejo. De tradição muito rica, variada e bem preservada, o povo gaúcho tem muito a mostrar para o povo brasileiro.

6. Folia de Reis

A Folia de Santos Reis, Reisado, Companhia de Reis ou simplesmente Folia de Reis, são cortejos de caráter religioso, que se realizam em vários estados do Brasil. Ocorre entre o Natal e a Festa de Reis, em seis de janeiro. A maioria dos estudos atribui origem Europeia às folias, talvez relacionadas às “Jornadas de Pastorinhas”, meninas-moças que no período litúrgico do Natal, percorriam as casas pedindo esmolas com finalidade assistências, usando a música como pedido e agradecimento. As folias levam suas preces cantadas às casas dos foliões, porém sua função é angariar fundos para a festa de seis de janeiro, o dia de Santo Reis. 

7. Frevo

O frevo nasceu no Estado do Pernambuco, no final do século XIX, no carnaval, e se enraizou nas cidades de Olinda e Recife. Do repertório variado e eclético desta musica ligeira, feita para o carnaval, nasceram os três tipos de frevo: o Frevo-de-Rua, que não possui letras, feito unicamente para ser dançado, o Frevo-de-Bloco, possivelmente vindo de serenatas feitas por grupo de rapazes munidos de violões, banjos, cavaquinhos, clarinetes, sendo que atualmente as mulheres participam também, e o Frevo-Canção, ou Marcha-Canção, que se parecem muito com as marchinhas de carnaval.

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O nome vem de ferver, um ritmo que causa efervescência, agitação, rebuliço e uma aura de muita vivacidade aos seus participantes. A sombrinha, tão famosa quando falamos de Trevo, é parte do tradicional adereço dos dançarinos. 

8. Futebol

O futebol é um dos esportes mais antigos e populares do mundo, praticado em centenas de países por ser fácil, simples e pode-se jogar em qualquer lugar. No Brasil, 1894 é considerado o início oficial do futebol, ano em que Charles W. Miller, nascido no bairro paulistano do Brás, foi para a Inglaterra estudar aos nove anos. Lá tomou contato com o futebol e trouxe em sua bagagem uma bola de capotão e um conjunto de regras. Por isso é considerado pai do futebol no Brasil. O primeiro jogo realizado no Brasil foi em 15 de abril de 1895 entre funcionários de empresas inglesas que trabalhavam em São Paulo, a Cia. Ferroviária São Paulo Railway contra os funcionários da Cia de Gás, o The Gaz Co. Miller atuou no time ferroviário. O jogo foi realizado num pedaço de terra na Várzea do Carmo. No dia 19 de julho se comemora o Dia Nacional do Futebol.

9. Jongo

O jongo tem diversos nome e foi trazido para o Brasil pelos escravos angolanos. É uma expressão rítmica da mesma família do tambor de crioula, do samba de roda e do coco. Integra a percussão de tambores, as danças coletivas e disposição em roda dos dançarinos, o bater das palmas, a umbigada, elementos comuns a estas danças.  Os dançarinos dançam e cantam numa roda. O chamado “ponto” é um dos elementos mais marcantes do jongo, onde a palavra cantada assume características únicas. É praticado nos quintais das casas de periferias urbanas e de comunidades rurais do sudeste brasileiro.

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10. Marabaixo

É um ritual de origem africana, que compõe algumas festas católicas populares em comunidades negras da área metropolitana da cidade de Macapá, capital do Estado. A dança e o canto do Marabaixo constituem o lado profano da Festa do Divino e acontecem integradas a esta comemoração. O Marabaixo acontece no ritmo de tambores ou das caixas, instrumentos de percussão construídos com madeira e pele de animais. Durante o ritual são servidas bebidas, sendo a mais típica a gengibirra, comumente servida nas rodas de batuques e Marabaixo, feita com gengibre e cachaça. No dia 16 de junho comemora-se o dia estadual do Marabaixo onde há missas e batucadas com participação de vários grupos de danças folclóricas. 

11. Maracatu

O Maracatu é um ritmo tradicional nordestino de origem afro-brasileira é um cortejo carnavalesco típico do Estado do Pernambuco que acontece na época do Carnaval. Cada grupo tem os seus personagens e formas de apresentar como viviam os homens na época do Brasil Império. Nasceu dos trabalhadores rurais, das fazendas de cana de açúcar, na época do Brasil Império, no interior de Pernambuco. O Maracatu é uma mistura de teatro, música e dança. Divide-se em dois tipos bem distintos: o Maracatu Rural ou Maracatu de Baque Solto e o Maracatu Nação ou Maracatu de Baque Virado.

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12. Boi Vermelho e Boi Azul

O Festival Folclórico de Parintins, conhecido no mundo todo como uma das maiores celebrações culturais da América Latina, acontece no mês de junho, na cidade de Parintins, no estado do Amazonas. É uma grande festa popular, que acontece na última semana de junho, onde o ponto culminante é a disputa entre os dois bois folclóricos: o Boi Garantido, com as cores vermelho e branco, leva um coração na testa, e o Boi Caprichoso, com suas cores azul e branco, carrega na testa uma estrela como símbolo. O festival é repleto de personagens, figuras gigantes e coreografias com muitos participantes e acontece num cenário grandioso, repleto de luzes teatrais, fogos de artifícios, efeitos especiais que atraem pessoas de todos os lugares do mundo. O Festival Folclórico de Parintins ocorre no mês de junho, começando no dia 24, dia de São João, e vai até o fim do mês.

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2. Os Tipos Tradicionais Brasileiros

A ideia deste tema veio das músicas populares brasileiras.

Percebi que em muitas músicas tradicionais, como as modas de viola, ou cantorias nordestinas, os sambas de roda ou mesmo nas letras e composições musicais de grandes autores inspiradas no folclore de alguns estados, haviam temas recorrentes como os pescadores, as baianas, o pantaneiro, o boiadeiro, os vendedores ambulantes, as feiras, as rendeiras. Descobri que estes tipos tradicionais existem e são personagens respeitados, conhecidos e cantados pelo Brasil afora. Ai, mais um tema foi sugerido, agora para a Cerveja Vermelha Larger Premium da série. Deste primeiro estudo, nasceram os seguintes rótulos:

1.  O Seringueiro

O seringueiro é o personagem característico da região Norte e Centro Oeste do Brasil, responsável pelo ofício de coleta do látex da árvore da seringueira (Hévea brasiliensis) e a preparação das pelas para venda. O látex é a matéria prima da borracha. O látex é recolhido das árvores através de incisões feitas nos caules, em cortes feitos em forma de espinha de peixe. No final do sulco central, um pequeno baldinho coletor de metal, ou uma cuia de cabaça, é posicionado para recolher o látex. A vida dos seringueiros artesanais requer uma rotina dura, ligada às necessidades da natureza. A criatividade do povo da Amazônia, ampliou a transformação do látex para a produção de objetos de decoração, artesanato, utilitários, objetos de uso pessoal, tecidos ecológicos e couro vegetal.

2.  O Catador de Coco

É um tipo brasileiro característico do Nordeste, devido aos extensos coqueirais. Trata-se de um homem que, para pegar o coco, sobre bem alto nos coqueiros, utilizando uma forma típica de amarrar as cordas e ir subindo. Como os coqueiros da Bahia são muito altos, podendo ir a até 30 metros de altura, a coleta dos cocos é dificultosa e arriscada. Feitas por quem tem muita familiaridade com o ofício, o apanhador de coco executa uma atividade que exige conhecimento e destreza, habilidades que muitas vezes são adquiridas de criança. O coco está presente no mundo todo e formas tradicionais diversas de apanhá-lo, vão sendo descobertas conforme vamos pesquisando.

3.  Vendedores Ambulantes

Os vendedores ambulantes, também conhecidos por mascates, caixeiros viajantes, são tipos humanos que encontramos pelas ruas, desde uma cidade grande até pequena, vilarejos e ilhas, no meio do mar, vendendo de tudo em seus carrinhos, tabuleiros, cestos, assadeiras, pendurado em suas costas. São uma parte importante das cidades do mundo todo, tornando-se membro vital da vida social e econômica de uma cidade. São muito apreciados pelos turistas que podem usufruir de uma experiência autêntica de contato com o povo e a cultura de um local.  Levam seus produtos de um local distante para outro, tornando-os acessível para muitas pessoas que não teriam condições de conhecê-los. Encontramos citações destes personagens na literatura de Carlos Drummond de Andrade, nos romances de Jorge Amado, nos contos de Cornélio Pires.

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4.  O Sanfoneiro

O sanfoneiro é uma figura típica, um personagem que não pode faltar nas festas populares seja forrós, quadrilhas, festas de imigrantes e tantas outras. O sanfoneiro toca o ano todo, em todo o Brasil. A sanfona é um instrumento musical tocado no mundo todo, trazido para o Brasil através dos imigrantes italianos e alemães e pode pesar de 9 a 13 quilos. Seu processo de produção é artesanal, por isso uma sanfona pode chegar a valores bem altos. No Brasil muitos sanfoneiros foram eternizados, como é o caso do consagrado Luiz Gonzaga, “O Rei do Baião”, Dominguinhos, Hermeto Pascoal, Sivuca, o Camarão, Caçulinha, Renato Borghetti, Zé Calixto, músicos que levam a sanfona brasileira para outros países.

5.  O Caiçara

O caiçara é o nome dado aos indivíduos que moram em comunidades e vilas, no litoral, principalmente o litoral do estado de São Paulo. Vem do tupi-guarani e designa uma cerca rústica ou armadilha, feitas de galhos de árvores, colocada ao mar para capturar peixes.  Se estabeleceram nas encostas, costões rochosos, restingas e mangues da Mata Atlântica. Nas embarcações utiliza-se equipamentos de origem indígena e na pesca ou captura, utilizam técnicas e processos vindos da cultura dos portugueses.

Cidades como Cananéia e São Sebastião, comemora-se o dia da caiçara no dia 15 de março, em homenagem ao Fandango Caiçara, considerado patrimônio cultural imaterial brasileiro, pelo Instituto do Patrimônio Histórico Artístico Nacional.

6.  A Mulher Rendeira

A renda de bilro vem de uma longa tradição, passada de mãe para filha. Chegaram no Brasil pelos portugueses do arquipélago de Açores, em 1748 chegando ao Brasil por intermédio dos portugueses que as usavam em suas casas e vestimentas. Graças a maior concentração de açorianos, encontramos com bastante frequência em Santa Catarina e Ceará.  A renda de bilro foi a principal atividade exercida pelas mulheres de pescadores no século passado. Por isso o ditado “onde há rede, há renda”. Sentadas em cadeiras embaixo da sombra de grandes árvores, teciam as rendas, conversavam, cantavam, diziam versos. As rendeiras são mulheres carinhosas e atenciosas, demonstrando o orgulho que têm por exercer uma atividade tradicional.

7.  O Gaúcho

Gaúcho é uma denominação dada aos vaqueiros das regiões dos pampas da Argentina, Paraguai, Bolívia e Uruguai e Brasil. Pelo seu modo de ser, falar e se vestir, o gaúcho forma um tipo folclórico que sintetiza um conjunto de tradições. O chimarrão ou mate, bebida característica do sul do país, tomado em uma cuia feita de porongo, é amplamente consumido pelos gaúchos em todas as estações do ano. O fogo de chão é uma tradição entre os gaúchos, que se reúnem e se aquecem em volta de fogueiras feitas no chão, passando o chimarrão de mão em mão e contando suas histórias. Dia 20 de setembro é comemorado o dia do Gaúcho.

8.  O Pescador Artesanal

Há 250 anos, o litoral era dos índios que, unindo aos escravos negros, o litoral brasileiro foi se tornando fortemente povoado por pescadores impulsionando o desenvolvimento da pesca artesanal por todo o país. Por isso, o Brasil é o país da pesca artesanal. A pesca artesanal sustenta, dá alimento e dinheiro para inúmeras gerações de famílias. A maneira como ela é feita, protege a natureza. Infelizmente a atividade está sendo prejudicada no país.

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9.  O Pantaneiro

O Pantaneiro é o habitante tradicional da região do ecossistema brasileiro chamado Pantanal. O pantanal é uma planície, a maior, a mais rica e a mais bela extensão de área alagada do planeta. Ele é dividido em 10 regiões diferentes, situados nos estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, no Brasil, e em trechos da Bolívia e do Paraguai.

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O pantanal é lugar de gente corajosa, que entende e acata com humildade os sinais da natureza. O peão pantaneiro vive nas condições oferecidas pela própria natureza, adaptando-se aos períodos das chuvas, que alagam a região por longo tempo.

10.  O Jangadeiro

Os jangadeiros são populações tradicionais marítimas que vivem no litoral nordestino, na faixa costeira entre o Ceará e o sul da Bahia. Muito retratado, é figura típica do litoral Nordestino. Com coragem descomunal, saem pelo oceano, ainda de madrugada, tripulando tradicionais jangadas de pau piúba, embarcações simples, em busca da pesca. As jangadas são compostas de materiais como a madeira de flutuação, tecidos e cordas. Seu Santo padroeiro é São Pedro. O jangadeiro constitui um tipo original no Nordeste, típico de sua paisagem.

11.  A Baiana do Acarajé

A Baiana do Acarajé hoje, no Brasil, é um bem cultural do Brasil. Dentre os quitutes da baiana o mais conhecido é o Acarajé, um bolinho feito de feijão fradinho. É uma comida sagrada e de ritual, oferecida a Iansã, deusa do vento, orixá da tempestade. O traje da baiana vem do Candomblé, vem da África e tudo é cheio de significados. Muitas festas estão ligadas às Baianas como a Festa do Largo, que passam a acontecer no espaço profanos das ruas. O dia da baiana de acarajé é comemorado em 25 de novembro.

12.  O Vaqueiro Nordestino

A história do vaqueiro começou quando o Brasil era colônia de Portugal. Habitam a região da caatinga uma área de clima semi árido, que ocupa praticamente todo o Nordeste. Trabalham como no século XVII, tocando a boiada entoando o aboio, um canto sem palavras, típico dos vaqueiros. Usam uma roupa especial, que funciona como uma couraça para enfrentar os galhos secos do sertão nordestino, com predominância do couro cru.

O vaqueiro se orgulha de vestir sua roupa de couro, principalmente quando participam das cavalgadas e manifestações culturais. O vaqueiro é um personagem da cultura brasileira, típico do sertão, nordestino autêntico, de raiz, forte, que tem um modo de ser, falar, dançar, rezar e viver tradicional.  O Dia Nacional do Vaqueiro Nordestino é 20 de julho e sua festa mais importante é a vaquejada.

3. Imigrantes Brasileiros

Para a cerveja Puro Malte Extra Escura Larger Premium, não podíamos deixar de homenagear um dos grupos que mais influenciaram nossa cultura: as imigrantes que se tornam brasileiros.

Aqui é uma terra onde tudo se mistura com arte e alegria e os imigrantes já são do Brasil!

Pensamos muito nos temas e como eram apenas 12, muitos importantes grupos ficaram de fora, sendo contemplados num outro trabalho que desenvolvi para a Analítica.

1.  Os Portugueses

Os portugueses, durante mais de três séculos de colonização, deixaram várias heranças na cultura e costumes do país, desde a língua portuguesa e a formação do povo brasileiro. Distribuídos por todo o território, estão inteiramente integrados à sociedade brasileira. No folclore, os portugueses introduziram personagens típicos como a Cuca, o Lobisomem, conhecido em vários países da Europa, o Bicho Papão, a Mula-Sem-Cabeça, a história da Burrinha de Padre, lendas e personagens que povoaram o imaginário infantil de tanta gente!

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2. Os Italianos

Os Italianos contribuíram e influenciaram em muito a formação da identidade brasileira, principalmente nos estados de São Paulo, Rio Grande do Sul e Minas Gerais. Ao chegarem no Brasil, se instalaram em condições adversas, trabalhando principalmente na agricultura. A alegria faz parte dos imigrantes italianos, que gostam muito de cantar as canções de seu país.

3. Os Holandeses

Os estados de São Paulo, Paraná, Espírito Santo e Rio Grande do Sul abrigam os maiores grupos de holandeses ou descendentes. A história dos holandeses no Brasil, vem do início do Brasil Colônia, deixando fortes influências culturais, principalmente na região nordeste.

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Encontramos aspectos da tradição holandesa distribuídas em várias áreas de nossa cultura, porém a maior contribuição da colônia holandesa é no cultivo das flores: No estado de São Paulo localiza-se uma cidade genuinamente holandesa, Holambra. O município destaca-se como o maior centro de produção de flores e plantas ornamentais da América Latina e anualmente promove a maior exposição de flores da América Latina, a Explofora.

4. Os Lituanos

A Lituânia está localizada no norte da Europa, tem litoral no Mar Báltico. Trata-se de uma nação de cultura muito rica. O primeiro grupo de lituanos chegou ao Brasil entre 1888 e 1890, e se dirigiram para o Rio Grande do Sul. A cidade de São Paulo é a segunda maior colônia de lituanos do mundo, atrás somente da cidade de Chicago, nos Estados Unidos. O grupo Rambynas é um grupo de danças tradicionais da Lituânia, que tem a missão de manter e divulgar a tradição do país no Brasil.

5. Os Espanhóis

A presença espanhola em terras brasileiras acontece desde o início da colonização do Brasil, durante a União Ibérica. A imigração espanhola foi muito importante para a formação da população brasileira, sendo o terceiro maior grupo de imigrantes, depois dos italianos e portugueses, a vir para o Brasil. Na capital paulista, os espanhóis fixaram-se principalmente nos bairros da Mooca, Ipiranga, Cambuci e Brás. Municípios como São Bernardo, São Caetano e Santos também possuem importantes núcleos de imigrantes dessa nacionalidade.

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Uma das contribuições mais visíveis é o festival tradicional que ocorre em Recife, conhecido como Festival de Cinema Espanhol.

6. Os Alemães

Os grupos de alemães que aportaram no Brasil no século XIX, tinham uma notável diversidade. Vieram para povoar as colônias do Sul e Sudeste. Nas bebidas, apesar do vinho estar se tornando mais popular, a bebida alcoólica nacional é a cerveja. As variedades de cerveja incluem a Alt, Bock, Dunkel, Kölsch, Lager, Malzbier, Pils e Weizenbier.

A contribuição na música e na dança, uma herança da cultura alemã, são as bandas: os alemães tocavam, por tradição, instrumentos de metais de sopro, sempre em grupos, um som bem tradicional das festas alemães.

7. Os Africanos

A construção da identidade do povo brasileiro passa pela contribuição dos povos africanos que chegaram ao Brasil como escravos enraizando, na forma de ser do brasileiro, sua rica e variada cultura. O negro tem marcado em sua forma de ser, a força. Resistiam, lutavam contra os colonos, criavam os quilombos, comunidades próprias dos negros, onde viviam suas culturas sem a arbitrariedade dos brancos. O Quilombo dos Palmares, cujo líder era Zumbi, era o mais famoso, símbolo da resistência negra no Brasil.

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As festas e tradições populares brasileiras de origem, ou que tiveram influências africanas, marcam nosso calendário. Podemos citar como típicas da cultura afro-brasileira o Maracatu, a Congada, a Festa de Iemanjá, manifestações de devoção a São Benedito, o santo negro, dentre inúmeras outras.

8. Os Japoneses

Os primeiros japoneses chegaram, então, no porto de Santos, em 17 de junho de 1908, vindos no navio Kasato Maru. De trem subiam a serra e iam para a hospedaria de imigrantes, hoje o Museu do Imigrante, localizado no bairro do Brás, na cidade de São Paulo.  De lá migraram para as cidades do interior de São Paulo. Na capital paulista, na cidade de São Paulo, o bairro da Liberdade é o local mais oriental do Brasil, o reduto da cultura japonese.

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9. Os Franceses

Como vários imigrantes que aqui chegaram, os franceses vieram para trabalhar na lavoura, na segunda metade do século XIX. Mas foi no campo das ideias que os franceses mais tiveram ação sobre os brasileiros. Eles estavam por trás de grandes revoltas como a Inconfidência Mineira, a Revolta dos Alfaiates, na Bahia, a Insurreição Pernambucana, a Confederação do Equador e de inúmeras outras rebeliões onde existiam ideias de liberdade.

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A Alta Gastronomia, tal qual é conhecida na atualidade, começou a se desenvolver no Brasil com a chegada dos chefs franceses, no final da década de 1970, no Rio de Janeiro, e no início da década de 1990 em São Paulo.

10. Os Armênios

A Arménia é um país sem costa marítima, localizado na região da Transcaucásia e tem como capital, Erevã. Faz fronteira com a Turquia a oeste, Geórgia a norte, Azerbaijão a leste, e com o Irão e o enclave de Nakhchivan (pertencente ao Azerbaijão) ao sul. Em 1915, mais de um milhão e meio de armênios são assassinados, mais precisamente degolados, um massacre foi considerado o primeiro genocídio do século XX, o Genocídio Armênio, relembrada no dia 24 de abril pelas comunidades Armênias do mundo todo, inclusive aqui no Brasil.

11. Os Pomeranos

Os pomeranos chegaram ao Brasil entre os anos 1859 e 1874, por motivos de dificuldades de sobrevivência em seu país de origem, a extinta Pomerânia, antiga região situada no norte da Polônia e da Alemanha, na costa sul do mar Báltico. Desembarcaram no porto de Vitória, no estado do Espírito Santo, em 1859, contribuindo para o crescimento da região, vindos dos navios “Gutenberg” e “Doktor Barth”. Porém, a antiga Pomerânia não existe mais. Até 1945 era um território que pertencia à Alemanha. Hoje, praticamente, só existem pomeranos no Brasil. No município de Santa Maria de Jetibá, localizada na região serrana do estado do Espírito Santo, a cidade mais pomerana do Brasil, é realizada a Pomerisch Fest, uma festa que abarca toda a cidade e a participação de seus habitantes.

12. Os Ingleses

Os ingleses começaram a chegar ao Brasil muito antes da abertura dos portos às nações amigas, decretada pelo príncipe regente D. João VI, em janeiro de 1808, após sua chegada à cidade de Salvador. Segundo Gilberto Freire, um dos mais importantes sociólogos do século XX, cita como influência da cultura britânica no Brasil, o terno branco, o chá, a cerveja, o uísque, bife com batatas, o rosbife, o pijama de dormir, o tênis, a capa de borracha, os piqueniques, o escotismo, o lanche e o sanduíche.

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No estado de São Paulo, o primeiro projeto para a construção de uma estrada de ferro foi feito por um inglês e em 1874 foi inaugurada a Estação do Alto da Serra, que, mais tarde, seria denominada Paranapiacaba. Ainda no estado de São Paulo, temos na cidade de Santos, a estação da “Inglesinha” ou a Estação do Valongo, inaugurada em 1867 pela São Paulo Railway, ainda conserva em sua fachada os três leões importados da Inglaterra, para a inauguração da ferrovia e vários outros monumentos históricos do país. 

Tradições Gaúchas

Essa série homenageia, especialmente, os gaúchos. O povo gaúcho respeita sua história, suas tradições e cultura até muito antigas. Distribuídos pelo Brasil todos, criaram os CTG´s, ou os Centros de Tradições Gaúchas que, cada um da sua forma, preservam as danças, a culinária e a forma de ser desse povo coeso e organizado. Não parece ser do Brasil.

Passeei por vários temas que nunca tinha visto e descobri heróis como o São Sepé! A cultura gaúcha é ampla e variada, mas coesa e unida.

Os temas que desenvolvi aqui:

1. A Lenda da Teniágua

Típica das tradições gaúchas, a lenda da Teniaguá ou Salamanca do Jarau, de origem espanhola, está repleta de elementos que refletem a formação do povo gaúcho, produto de complexa inter-relação entre o europeu, o oriental, ou o mouro, e o povo indígena.

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2. A Dança dos Facões

As danças fazem parte integrante da cultura de um país, de um povo.  A dança dos facões é uma dança típica e muito popular no Rio Grande do Sul, tradicionalmente apresentada por pares ou por grupos de homens, que executam complexos movimentos com dois facões, um em cada mão.

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3. A Lenda de São Sepé

Sepé Tiaraju é um índio missioneiro valente e forte, que se tornou líder guarani no século XVIII. Guerreiro, assumiu a defesa do seu território na guerra contra a Espanha e Portugal.  É de Sepé a frase: “Esta terra é nossa! Nós a recebemos de Deus e do arcanjo São Miguel. Somente eles nos podem deserdar!”

4. O Gaúcho e a Prenda

Os gaúchos, também chamados de peão, são descendentes da mistura de europeus com índios. O nome é dado às pessoas que são naturais do Sul do Brasil e vale do Rio da Prata, num bioma chamado de pampas, geralmente ligado à atividade pecuárias destas regiões. No Uruguai e Argentina tem a nominação de gaúcho, com a sílaba forte no “ga”.

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5. Fogo de Chão e a Roda de Chimarrão

De tradição indígena, os fogos de chão eram feitos próximos das ocas, compartilhados por famílias inteiras que, no aconchego da luz, encontravam uma forma de reunir-se, socializar-se, trocar vivências e se abrigarem do frio da região dos pampas. O gaúcho campeiro tem por tradição trazida desses índios, se reunir a noite com os amigos e colegas, em volta do fogo, feito no chão, para confraternizar, trocar ideias sobre a lida no campo, tomar o chimarrão de forma compartilhada, comer um churrasco, contar causos, estórias e lendas.

6. O Gaúcho Pilchado

A forma típica de se vestir do gaúcho é entendida como muito importante para a cultura sulina, pois preserva sua história com orgulho, passando através das gerações, a força das tradições e o orgulho de ser gaúcho. Há regras fixas, que devem ser seguidas com muito respeito, tanto para a vestimenta do gaúcho, como a da “prenda”, a mulher gaúcha.

Espero que tenha curtido!

Painel Temático “Lenda das Amazonas”

“A Lenda das Amazonas”, de Lu Paternostro. Painel temático 5,5 x 2,5 m.
Copyright Lu Paternostro. Proibida cópia, uso ou reprodução desta imagem sem a autorização da artista

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Lenda das Amazonas

Neste painel, localizado no restaurante, escolhi a Lenda das Amazonas e que contem diversas simbologias inseridas nos dois polos simbólicos do universo humano: as mulheres e sua força feminina, inseridas e atuantes principais no verde das matas, do aspecto masculino, que acolhe, mas é coadjuvante aqui.

Quero mostrar a força das mulheres guerreiras, que sabem lutar, mas também seduzir, amar, procriar e deixar sua marca, única.

Os índios falavam em Icamiabas, que significa “mulheres sem marido”, que viviam sozinhas no interior da região do Rio Nhamundá, conhecida como região das Pedras Verdes, local de onde se originavam os muiraquitãs, amuletos em forma de pequenos sapinhos.


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Dizia-se que as Icamiabas realizavam uma festa anual dedicada à lua, onde recebiam os índios Guacaris, com os quais se acasalavam. Depois do acasalamento, mergulhavam em um lago chamado Iaci-uaruá (Espelho da Lua) e iam buscar, no fundo, a matéria-prima com que moldavam os muiraquitãs, os quais, ao saírem da água, endureciam. Então, presenteavam os companheiros com os quais tinham feito amor, que os usavam pendurados ao pescoço. No ano seguinte, na realização da festa, as mulheres que tinham parido ficavam com as filhas e entregavam os filhos para os Guacaris.

Contam que as mulheres eram fortes e ativas para proteger a tribo, mas profundamente doces. Se doavam com muito carinho tanto ao seu homem como às suas filhas.

Por Lu Paternostro


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NOTA LEGAL: Proibida a reprodução total ou parcial sem autorização expressa dos autores.

Painel Temático “A Lenda da Iara”

"A Lenda da Iara", de Lu Paternostro. Painel temático 5,5 x 2,5 m.
Copyright Lu Paternostro. Proibida cópia, uso ou reprodução desta imagem sem a autorização da artista

“A Lenda da Iara”, de Lu Paternostro. Painel temático 5,5 x 2,5 m.
Copyright Lu Paternostro. Proibida cópia, uso ou reprodução desta imagem sem a autorização da artista

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Lenda da Iara

Neste painel, localizado no 3º andar, escolhi a Lenda da Iara, mãe d´água, a sereia brasileira.

Na Região Norte, em particular, a permanente interação com os rios e igarapés, por parte dos(as) caboclos(as), deu origem a várias lendas que evidenciam elementos representativos da vida e da morte. A Iara, uma das belas figuras aquáticas, é uma delas.

Há várias versões, mas, em todas elas, a personagem é representada por uma belíssima mulher morena, de grandes olhos castanhos, amendoados, longos cabelos negros, que seduz os homens solteiros ou prestes a casar, levando-os, com seu encantamento, para o fundo do rio.

Ela provoca nos homens um desejo irresistível em segui-la. Uns morrem, outros voltam vivos, meio doidos, falando de ruínas de castelos encantados. Uns dizem que em sua testa, brilha uma linda estrela que se ilumina para chamar a atenção dos homens e hipnotizá-los para seus encantos.



Aqui, o índio ao centro, está no momento da sua captura, para os seios de Iara. Ela se torna presente, poderosa. Entre os dois, o encantamento acontece.

As flores que coloco em cena, representam o poder sedutor das mulheres. Entre elas os homens caminham, inebriados pelo encantamento feminino, sentindo em si, uma energia viva, em movimento.

Na imagem, o fundo do rio se mescla de forma surrealista com o cenário da mata amazônica, o céu, a cena.

O homem que mergulha está sem ação, no momento do feitiço das sereias, certas de seu sucesso. Ele está desarmado, solto, livre, “voando” nas águas do rio e alegre, indo para as profundezas. O chamado do amor é inequívoco, mas mortal.

As ondas representam o movimento das águas, dos quadris sedutores, do poder divino da fecundação feminina, esbanjando vida nas plantas, animais e no movimento de tudo.


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Por Lu Paternostro

Painel Temático “A Lenda da Vitória Régia”

"A Lenda da Vitória Régia" , de Lu Paternostro. Painel temático 5,5 x 2,5 m.
Copyright Lu Paternostro. Proibida cópia, uso ou reprodução desta imagem sem a autorização da artista

“A Lenda da Vitória Régia” , de Lu Paternostro. Painel temático 5,5 x 2,5 m.
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Lenda da Vitória Régia

A Lenda da Vitória-Régia é de origem indígena tupi-guarani e muito popular na Amazônia. Com esta lenda, os pajés explicavam para os índios de sua tribo, a origem desta bela planta aquática, a Vitória Régia, muito profusa na região e cheia de mistério.

As índias da tribo costumavam brincar alegres nas noites claras de luar, adorando a lua e sentiam-se muito felizes. Nas noites de lua cheia, ficavam nas beiras dos rios conversando, rindo, brincando e admirando sua amiga protetora.  

Um dia, uma das lindas índias, aquela mais fortemente apaixonada pela luz da lua, quis tocá-la e, na esperança de ver seu sonho realizado, correu para ela num impulso de profunda alegria e felicidade, tentando abraçá-la e, desta forma, tornar-se a própria lua, seu objeto de veneração e alegria.


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A linda jovem lançou-se às águas misteriosas do rio, desaparecendo para sempre.

Jaci, a deusa lua dos índios, presenciou tudo apiedando-se do ato de coragem de sua destemida amante, na busca de seu amor universal.

Resolveu, então, imortalizá-la aqui na terra, transformando-a numa das plantas mais lindas e exóticas do nosso planeta, a fantástica Vitória Régia.

A alma da índia que amava a lua, vive em suas flores que se transformam e, todas as noites, espalham um doce perfume. Suas folhas espalmam-se, às vezes tão enormes, para refletir a luz poderosa e espiritual da grande lua que, silenciosa, lá no céu, tudo sabe, tudo vê.

Por Lu Paternostro


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A Lenda do Boto Cor de Rosa | Lu Paternostro

"A Lenda do Boto", de Lu Paternostro. Painel temático ilustrado 5,5 x 2,5 m. Copyright Lu Paternostro. 
Proibida cópia, uso ou reprodução desta imagem sem a autorização da artista.
“A Lenda do Boto”, de Lu Paternostro. Painel temático ilustrado 5,5 x 2,5 m. Copyright Lu Paternostro.
Proibida cópia, uso ou reprodução desta imagem sem a autorização da artista.

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A Lenda do Boto

Segundo Luís da Câmara Cascudo, “o boto seduz as moças ribeirinhas dos principais afluentes do Rio Amazonas, sendo considerado pai de todos os filhos cuja paternidade é desconhecida.

É amante obstinado das mulheres e sente-se atraído por elas, à distância. Costuma aproximar-se das mulheres que sozinhas e tristonhas, ficam sonhando, nas beiras dos rios em serem amadas por um homem lindo.

Atraídos por elas, nas primeiras horas da noite, transforma-se num bonito rapaz, grande dançador, bebedor, que aparece nos bailes, namora, conversa e brinca muito. Nunca tira o chapéu da cabeça, pois o respirador do boto nunca fecha, mesmo depois que se transforma em homem.


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Antes de chegar a manhã, sai de onde estiver e pula para a água, transformando-se novamente em boto.  

A ilustração mostra três momentos da lenda: o momento da solidão da mulher, que sonha com o amor na beira do rio, o momento do encontro do boto que aparece de forma mágica, olhando fixo para os olhos da mulher, atraindo-a para ele, e a conquista, a dança, o romance improvável.

Por Lu Paternostro

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Painel Temático “Uma Alegoria a Manaus”

"Uma Alegoria a Manaus", de Lu Paternostro. Painel temático 4,5 x 1,5 m.
Copyright Lu Paternostro. Proibida cópia, uso ou reprodução desta imagem sem a autorização da artista.

“Uma Alegoria a Manaus”, de Lu Paternostro. Painel temático 4,5 x 1,5 m.
Copyright Lu Paternostro. Proibida cópia, uso ou reprodução desta imagem sem a autorização da artista.

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Uma Alegoria a Manaus

Neste painel, localizado no térreo, optei por fazer uma homenagem a Manaus. considerando pontos importantes como o Teatro, o Rio Negro, as embarcações, as palafitas aqui bem coloridas e o Mercado, emoldurados pela grandiosidade da Selva e da lendária Amazônia, habitat natural de uma rica fauna e exuberante flora.

Na composição faço menção aos bois Garantido e Caprichoso, do folclore local, ao seringueiro, homem tradicional da selva, o personagem que extrai a borracha, o ouro branco, responsável pela riqueza da época aura dos Tempos da Borracha, cujo fruto maior, dentre outros tantos, é o Teatro Amazonas.

A onça pintada, a arara, os macacos, o tucano, o papagaio, os peixes, completam o grande cenário dessa imensa história. .

Por Lu Paternostro

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